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Buraco abre na Eduardo Girão um mês após obras
Cotidiano

Buraco abre na Eduardo Girão um mês após obras

Após meses de obras que levaram a bloqueios no trânsito, dois novos buracos se abrem na avenida Eduardo Girão. Na tarde ontem, um caminhão caiu em uma das fissuras do asfalto
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Tubulação de esgoto corroída por 40 anos de uso e falta de verba que viabilize uma obra estimada em R$ 15 milhões são as causas dos buracos constantes da avenida Eduardo Girão. Quem explica é o gerente da Unidade de Negócios da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Gentil Maia. Intervenções emergenciais levaram a bloqueios de trânsito durante parte do 1º semestre de 2017 e também por meses de 2016. Com a via liberada há pouco mais de um mês, dois novos buracos separados por 500 metros (m) abriram-se no asfalto.

[SAIBAMAIS] 

O primeiro, com cerca de 2,5m por 1,5m de extensão, fica na altura da avenida Luciano Carneiro, e está sinalizado com faixas de isolamento da Cagece. O segundo, próximo ao cruzamento com a rua Oswaldo Studart, tem diâmetro de aproximadamente 1m. Fundo e sem qualquer sinalização oficial — apenas galhos de árvores e pedras — a fissura causou um acidente na tarde de ontem.


Um caminhão ficou com a roda dianteira direita presa ao tentar trafegar na rua. “Sem sinalização e com essa lona preta encobrindo, não vi a tempo. Fico imaginando se fosse uma moto, o estrago que ia acontecer”, lamenta o motorista do veículo Francisco Sinésio, 56.


Gentil Maia pondera que, no caso da fissura próximo à Luciano Carneiro, uma vistoria preliminar indica a troca de 20m de tubulação, que poderá ser realizada — ainda sem confirmações e nem prazos. Já o buraco em que o caminhão caiu faria parte da obra completa. “São feitos reparos em alguns trechos, e em outros, quando é conseguido um volume maior de dinheiro, são feitas trocas definitivas da tubulação”, aponta.


Na obra finalizada no dia 3 de julho, entre o trecho das avenidas Luciano Carneiro e Expedicionários, foi substituído 1km de tubulação de 700mm de diâmetro, feita de plástico reforçado com Fibra de Vidro (PRFV).


O sistema coletor da Eduardo Girão possui aproximadamente 5.750m. Foram realizadas trocas em 1.440m. A substituição completa, porém, não poderia receber financiamento estadual ou federal por se tratar de obra de substituição de ativos. “Temos que contar com recursos próprios. E com a tarifa de esgoto baixa, o valor para cobrir a despesas demora a ser juntado”, complementa Gentil. Ele ainda lembra que com obras estruturais ocorrendo, como a da avenida Aguanambi, não é possível fazer agora uma intervenção que provoque bloqueio de trânsito tão extenso.

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