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VLT pode ser usado de graça em trecho de 5 quilômetros
Cotidiano

VLT pode ser usado de graça em trecho de 5 quilômetros

Operação assistida do VLT começa entre as estações Borges de Melo e Parangaba. Usuários terão acesso ao serviço gratuitamente entre as 6 horas e o meio-dia, de segunda a sexta-feira. Conclusão de obra deve ser em 2018
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Mais de cinco anos após o começo das obras, os fortalezenses poderão usufruir de um trecho do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Na manhã de ontem, os vagões começaram a operar entre as estações Borges de Melo e Parangaba.


Apesar de ter sido iniciado o transporte de pessoas, o trabalho segue em parte da obra, que era prevista para a Copa do Mundo de 2014. E ainda há incertezas sobre os prazos para operação comercial, finalização de novas estações e conclusão da obra. O principal motivo para o atraso também não foi totalmente resolvido. O Governo do Estado ainda tenta negociar desapropriações de famílias nos bairros Mucuripe, Varjota e Dionísio Torres.


Quando o projeto estiver concluído, vagões irão percorrer 13,4 quilômetros, ligando o Mucuripe à Parangaba, passando por 22 bairros e transportando 90 mil passageiros por dia, estima a Secretaria Estadual da Infraestrutura (Seinfra). Por enquanto, o serviço está disponível por cinco quilômetros e pode levar até 17 mil pessoas por dia.


Quem precisar fazer o deslocamento entre a Rodoviária e a Parangaba pode usar o serviço de transporte gratuitamente entre as 6 horas e o meio-dia, de segunda a sexta-feira. Nesta fase, chamada operação assistida, técnicos avaliam a receptividade da população ao equipamento. A operação comercial depende deste período.


Desapropriações


O Estado desapropriou 2,6 mil famílias para a implantação do ramal do VLT. O trecho próximo ao Mucuripe é onde há mais impasse. De acordo com Manuela Saldanha, coordenadora da Comissão Central de Desapropriações e Perícias da Procuradoria Geral do Estado (PGE), cerca de 80% dos processos de retirada de moradores foram cumpridos.


Conforme o governador Camilo Santana (PT), cerca de R$ 20 milhões foram investidos neste ano em indenizações e pagamento de aluguel social. A meta é que, até o fim de 2018, todas as estações estejam concluídas. “(O atraso) não é por falta de recursos”, frisou.


Camilo ainda apontou problemas na licitação com as empresas como outro entrave para a conclusão. Segundo ele, o contrato inicial foi rescindido devido ao ritmo lento de trabalhos. Novo pregão irá ocorrer entre os dias 17 e 18 do próximo mês para a finalização do projeto. Em 2012, a obra era orçada em R$ 175 milhões. Atualmente, o governador estima que a implantação custe aproximadamente R$ 500 milhões ao Estado.

 

Bate-pronto


Antônio Carlos Pereira, gerente de Controle de Tráfego do Metrofor


OPOVO - Que trecho terá operação assistida agora?


Antônio Carlos - Começa o trecho Parangaba-Borges de Melo com operação assistida de 6 horas às 12 horas, de segunda a sexta-feira.


OP - Quais os próximos passos?


Antônio Carlos - Não temos data para a operação comercial, mas vamos na (operação) assistida até a população acostumar com o trem.


OP - Qual a avaliação até agora da obra?


Antônio Carlos - Está dentro do esperado. O trecho dois está entregue em perfeitas condições e apto a transportar passageiros.


OP - O que falta da obra?


Antônio Carlos - A Linha 2 está praticamente entregue, a Linha 1 está em fase de trabalho para ser entregue rapidamente.

 

Saiba mais


Linha Leste


Iniciada em novembro de 2013, a obra da Linha Leste do Metrofor segue paralisada. O equipamento seguirá do Centro ao bairro Edson Queiroz. Para a viabilização do projeto, a avenida Santos Dumont, entre as ruas Dona Leopoldina e Nogueira Acioly foi interditada por quase dois anos e meio. Como o canteiro continuou sem trabalhos, o Estado liberou a avenida em dezembro do ano passado. Governo alega reformulação societária da empreiteira responsável e dificuldade no repasse federal para o atraso.

 

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