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Crianças têm dia de diversão
Cotidiano

Crianças têm dia de diversão

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Criança quer — e tem o direito de — brincar o máximo que puder.

Independentemente de ser ou não criada pelo sistema familiar convencional. No papel dos adultos que devem proporcionar essa diversão em segurança, a Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional (Cejai) do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) levou, ontem, 25, cerca de 80 meninos e meninas entre três e 18 anos de idade para uma manhã de lazer no Clube da Caixa Econômica, em Messejana.


O passeio foi oportunidade para Tiago (nome fictício), 16, tomar banho de piscina e rever amigos também amparados pela rede adotiva. Antes de ser acolhido pelo Renascer, no Bairro de Fátima, o garoto passou por pelo menos três abrigos do Estado. Ele não tem padrinho afetivo e, na sua idade, as chances de adoção são pequenas. “Prefiro morar no abrigo até fazer 18 anos e depender de mim mesmo. Não gosto de depender dos outros”.


A assistente social da Cejai, Raquelina Cordeiro Arruda, diz que, para melhorar as relações sociais dos adolescentes disponíveis para adoção tardia, foi instituído o programa de apadrinhamento (afetivo, financeiro e de serviço). Segundo ela, a convivência desobrigada é capaz de estimular a criação de um vínculo que pode culminar na adoção. “Muitas vezes os pretendentes querem crianças pequenas e as crianças já são disponibilizadas com seis, sete anos. Acaba que a conta não fecha”, resumiu Raquelina.


“O apadrinhamento afetivo, por enquanto, tá caminhando muito lento” no abrigo Tia Júlia, de acordo com a assistente social Iraneide Soares, que supervisionava um grupo de crianças no parque aquático. Ela revelou também que, das 60 crianças acolhidas na unidade, somente cinco estão com processos para adoção em andamento. “O perfil tem grande influência”, pontuou. (Luana Severo)

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