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Crescem prisões e apreensões de armas e drogas no CE
Cotidiano

Crescem prisões e apreensões de armas e drogas no CE

Secretaria da Segurança Pública apresenta dados positivos da gestão André Costa dias após índices de homicídios atingirem recorde
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Onze dias após divulgar os piores índices de homicídios da série histórica, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) reuniu dados mais positivos sobre o trabalho da pasta no último semestre e convocou a imprensa para divulgação.


Em um momento que a estratégia da pasta é questionada pelos números, a SSPDS apresentou estatísticas como o aumento significativo no número de apreensões de armas de fogo, de entorpecentes, de prisões em flagrante, além de uma diminuição — mais discreta — dos casos de latrocínio e roubos a instituições financeiras.

[SAIBAMAIS]

No entanto, a melhora dos índices apresentada ontem segue contrastando com os dados alarmantes divulgados no último dia 7.

Entre janeiro e junho deste ano, foram registrados 2.299 homicídios no Ceará — recorde histórico e aumento de 31,9% em relação ao mesmo período de 2016. Os Crimes Violentos contra o Patrimônio (roubos) tiveram um leve decréscimo de 2,7%, saindo de 39.589 nos primeiros seis meses do ano passado para 38.535 para o mesmo período de 2017.


Apreensões de drogas foram o que teve o aumento mais representativo.

Se nos primeiros seis meses do ano passado foram recolhidos 1.507,47kg de entorpecentes, de janeiro a junho de 2017 foram 3.280,56kg de cocaína, crack e maconha. O crescimento é de 117,6% — muito desse acréscimo é em razão do confisco de 1,2 tonelada de maconha realizado no último dia 20, a segunda maior apreensão realizada por órgão de Segurança do Estado. “Mesmo sem essa grande apreensão, nós tivemos apreensões menores com mais de 500 quilos. É um setor, de combate às drogas, que tem de ser priorizado”, salientou o secretário André Costa.


Um ponto enfatizado foi o aumento no número de prisões/apreensões em flagrante. Se no primeiro semestre de 2016 foram registrados 6.926 casos do tipo, os seis primeiros meses deste ano tiveram 7.542 autuações, representando aumento de 8,9%. Para André Costa, esse número diz respeito a prisões por crimes considerados mais graves, principalmente em um sistema carcerário que opera com o dobro da capacidade.


“Outro dado importante, em relação a essa preocupação com o sistema prisional, é exatamente esse trabalho em cima das prisões qualificadas.

Temos aumento no número de prisões, principalmente por homicídios, tráfico de drogas, roubo e posse de arma de fogo. O volume de prisões resultantes das abordagens nas ruas e das operações têm trazido essa melhoria dos números, principalmente em maio e junho”, disse Costa.


Armas


A SSPDS também atualizou dados de apreensão de armas de fogo.

Entre janeiro e junho, 3.712 apreensões foram registradas — 25,6% a mais que as 2.956 registradas no mesmo período de 2016. André Costa atribuiu o aumento ao que definiu como “trabalho mais proativo” dos PMs nas ruas e a uma intensificação do trabalho da Polícia Civil.


“Hoje, o nosso policial se sente mais protegido e seguro para trabalhar na rua e, com as abordagens de pessoas suspeitas, há maior apreensão de armas. Nos dois últimos meses, nós tivemos resultados dessas operações em que a Polícia Civil consegue os mandados de busca e a gente consegue apreender as armas dentro das residências de pessoas que estão ligadas ao crime”. (colaboraram Domitila Andrade e Thiago Paiva)

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