De acordo com o presidente do Conselho Penitenciário (Copen), Cláudio Justa, detentos já foram avisados sobre a decisão da direção de suspender as visitas. A CPPL 3 é apontada como a unidade que abriga integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo ele, há rumores de que detentos estariam convocando rebelião.
A gestora da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), Socorro França, não confirma o cancelamento das visitas. Por volta das 23 horas, a secretária disse ao O POVO que estava avaliando que decisão seria tomada. No entanto, fonte ligada à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social disse que profissionais da Segurança já haviam sido informados sobre o cancelamento das visitas.
O POVO apurou que desde quarta-feira, 14, o Batalhão de Choque está nas unidades prisionais. A Polícia Militar está ocupando as guaritas da CPPL 3 durante 24 horas. No fim de semana, o Grupo de Apoio Penitenciário (GAP) deve permanecer no interior do presídio.
Segundo o presidente do Copen, a suspensão das visitas foi confirmada. “O sistema está sem controle, muita insubordinação dos presos que estão soltos nas vivências. Existe o rumor de um ‘salve’ dos presos, mas é um risco que a administração da unidade decidiu correr, para colocar ordem e penalizar a indisciplina”, ressaltou.
Cláudio Justa acrescenta que a decisão de suspender as visitas tem o objetivo de preservar a segurança dos visitantes, diante de uma provável rebelião. Sobre os túneis encontrados, na tarde de ontem, uma máquina fazia a manutenção na CPPL.
Na última quinta-feira, 15, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Valdemiro Barbosa, afirmou em entrevista ao O POVO que a CPPL 3 estava sob risco de rebelião.
Neste ano, a unidade teve pelo menos três grandes situações de conflito. No dia 30 de abril, fugiram 44 presos, sendo que 13 deles foram recapturados. No dia 20 de janeiro, um policial militar foi baleado e um detento morto durante uma tentativa de resgate. No dia 19 de junho, mais uma fuga foi registrada na unidade.