Sob protestos, o prefeito Roberto Cláudio (PDT) anunciou ontem pacote de investimentos para os próximos três anos na Educação. Serão R$ 40 milhões aplicados para recuperar a infraestrutura de pelo menos 200 escolas da Capital. Professores cobram que investimento também se estenda para reajuste salarial da categoria.
Com apoio da Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf), foram mapeadas cerca de 440 unidades escolares da Cidade e selecionadas as 200 com maior necessidade de intervenção. As reformas priorizarão aquelas instituições consideradas em estado de conservação mais precário pela Prefeitura.
De acordo com o prefeito, até o fim deste ano, 60 escolas receberão as primeiras ações. As outras 140 serão reformadas nos três anos finais de mandato. “Muitos desses prédios foram cedidos pelo Estado, com 20 ou 30 anos sem reforma, e estão com estruturas física, hidrossanitária e elétrica comprometidas”, disse.
Conforme a secretária municipal da Educação, Dalila Saldanha, as reformas irão priorizar fachadas, salas de estudo e dos professores, banheiros, refeitórios, cozinhas e despensas, além da instalação de recursos que garantam acessibilidade. “Terminamos a etapa de diagnóstico, estamos no planejamento e, ao longo do próximo semestre, vamos iniciando (as obras)”, afirmou.
Protestos
Representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação de Fortaleza (Sindiute) aproveitaram a presença de Roberto Cláudio para pedir reajuste salarial de acordo com a inflação. Com faixas, eles e parte dos alunos vaiaram o prefeito na cerimônia. “Vibramos com esses investimentos nas escolas, porque beneficia alunos e também professores, mas queremos que ele invista em segurança nas escolas e nos dê reajuste”, criticou Wellington Monteiro, membro do Sindiute.
O prefeito respondeu que ao longo do último mandato manteve o salário da categoria acima da inflação. “É um ano de crise, nosso grande compromisso é pagar os professores em dia e antecipar o 13º salário para que tenhamos fôlego de continuar praticando o tratamento diferenciado com os professores”, disse. No último dia 31 de maio, ele havia adiantado que os servidores municipais não terão reajuste neste ano devido à crise econômica nacional.