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Pedestres entre o desrespeito e o curto tempo dos semáforos
Cotidiano

Pedestres entre o desrespeito e o curto tempo dos semáforos

Atravessar a rua exige, muitas vezes, que os pedestres apressem o passo. Além do tempo insuficiente do semáforo, desrespeito de condutores desafia
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Apressar o passo e dar uma “carreira” para não ser atropelado ou “levar fina” de carros e motos durante a travessia na faixa de pedestres é risco comum em cruzamentos com semáforos de Fortaleza. Apesar de muitos motoristas não pararem os veículos para que o transeunte conclua a passagem, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina que a prioridade é de quem se locomove a pé. O POVO apurou que, além da falta de respeito por parte dos motoristas, pedestres reclamam do tempo para a travessia nos cruzamentos da Capital.

[SAIBAMAIS]

Em determinadas vias, apesar do semáforo vermelho para os carros, o que liberaria a pista para os pedestres atravessarem, ainda é preciso esperar enquanto os veículos da via perpendicular fazem a conversão. Numa Cidade em que o trânsito ainda é estruturado para priorizar os carros, há quem se aventure a passar correndo entre carros e motocicletas em conversão.

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O superintendente da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), Arcelino Lima, explica que esse tipo de travessia, quando não há sinal específico para o pedestre no cruzamento, é denominada “carona” ou “protegida”. “Nesse caso, o pedestre aproveita o tempo de outro estágio veicular, quando o sinal está vermelho para os veículos, para concluir a passagem”, explica Arcelino.


Em alguns casos, a situação resulta no canteiro central lotado de pessoas, como Bruno Beviláqua, 43, observa com frequência na avenida Pontes Vieira, no cruzamento com a rua Visconde do Rio Branco. “Não tem sinal para pedestres. O canteiro central fica cheio cedo da manhã, quando tem muitas pessoas chegando para trabalhar. Os carros não param. Tem que correr, mesmo com criança”, relata o agente de endemias.


Tempo para travessia

De acordo com o superintendente da AMC, a programação dos tempos semafóricos prevê o vermelho total, “tempo de segurança para o pedestre concluir a travessia e para que o veículo que passou no amarelo termine de cruzar a via”. O tempo para o vermelho total deve ser de cinco segundos, de acordo com Lima. “Este tempo, juntamente com o tempo de amarelo, é que garante o tempo de segurança entre a abertura de verdes consecutivos em um cruzamento”, completa.

No entanto, algumas avenidas da Capital apresentam menos de três segundos de vermelho total, como a reportagem do O POVO observou nos cruzamentos Pontes Vieira X Visconde do Rio Branco, Bernardo Manuel X Silas Munguba e Domingo Olímpio X Universidade. De acordo com a AMC, checagem será feita para constatar a falha no tempo dos semáforos.

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