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No entorno de pelo menos 18 das 46 escolas municipais na Regional I, em Fortaleza, há pontos de acúmulo de lixo. Ação da Prefeitura quer acabar com o problema a partir da conscientização dos próprios alunos. A escola Francisco das Chagas de Farias, na Barra do Ceará, foi ontem a primeira a receber o trabalho.

[SAIBAMAIS] 

No entorno da unidade, monturos de quase dois metros de altura foram eliminados. Para evitar a reincidência, o passeio será recuperado, com plantio de mudas, nova iluminação e pintura dos muros, que também receberão grafitagem feita pelos próprios alunos da escola. Ainda ontem, passeata por ruas do entorno envolveu alunos do 3º ao 5º ano, buscando conscientizar moradores e comerciantes sobre os problemas.

Matheus Brayan, de 10 anos, aluno do 5º ano, está animado em ajudar a grafitar o muro. “O homem falou que o lixo traz mais de 15 doenças, até dengue e chikungunya (por se formarem criadouros do mosquito Aedes aegypti)”, contou o garoto, após palestra e oficina na escola. “Vai ser excelente para a própria saúde das crianças”, comemorou Fátima Marques, diretora da unidade.

A secretária da Educação de Fortaleza, Dalila Saldanha, ressaltou que é importante o envolvimento de pais, professores, gestores e, principalmente, dos alunos no processo. “Além da questão estética, nos incomoda a exposição das crianças e da comunidade às doenças geradas com o acúmulo de lixo. Para isso, incluímos a Educação Ambiental no currículo, afinal, as crianças vão levar essa temática para as famílias”, frisou. Conforme ela, o intuito é expandir a ação para escolas de todas as regionais.

Descarte incorreto

“Onde tem muro, cria-se um ponto de lixo”, resumiu o secretário da Regional I, Gilberto Bastos. Na região, descarte irregular de lixo é problema grave. No dia 4 de maio, O POVO noticiou o problema e, apesar de ações de conscientização e intensificação na coleta, os monturos persistem.

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Segundo a assessoria de comunicação da Regional, a coleta especial urbana passa diariamente em pontos de bairros como Jardim Iracema, Jardim Guanabara, Álvaro Weyne e Cristo Redentor. Lá, a coleta regular continua às terças, quintas e sábados.

Gilberto reforça que acabar com o lixo descartado irregularmente é “questão de mudança de comportamento”. “Temos quatro Ecopontos e estão vindo mais dois por aí. Que a cadeira velha e o papelão, por exemplo, sejam descartados lá e o lixo domiciliar seja guardado em casa até os dias de coleta”, recomenda.

Trinta carroceiros devem se reunir no Ecoponto do Vila Velha nesta sexta-feira, 30, para palestra e capacitação, motivando ao descarte correto, “mostrando que eles são importantes nesse processo (de educação ambiental)”, completa Gilberto. 

 
Números

 

18 escolas municipais na área da Regional I têm pontos de lixo em suas calçadas