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Quanto maior a renda, maior é a prática de exercícios, diz Pnad
Cotidiano

Quanto maior a renda, maior é a prática de exercícios, diz Pnad

Suplemento Práticas de Esportes e Atividade Física 2015, que integra a Pnad, aponta que a condição financeira influencia a prática de exercícios
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Não tem uma semana na vida de Ariana Vasconcelos, 34, que ela deixe de praticar exercícios. “Eu me sinto uma pessoa melhor e com muito mais disposição para o trabalho”, garante. O resultado é que a empresária perdeu 33 quilos, de 2011 para cá, com atividades combinadas. “Aumentou a concentração, e eu me sinto mais disposta para tudo”, sinaliza. Ela participa de grupo de assessoria de corrida e também faz caminhadas.

[SAIBAMAIS] 

Nem sempre a prática de atividade representa custo, mas a pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que há relação entre renda e atividade física. Quanto melhor a condição financeira, maior a prática de exercícios no grupo social.


Conforme o suplemento Práticas de Esporte e Atividade Física 2015, parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), 65,2% das pessoas com renda de cinco salários mínimos ou mais praticam esporte ou atividade física. Já entre quem tem renda de até meio salário mínimo, o percentual desse recorte da população que se exercita cai a menos da metade: 31,1%. Os dados se referem a todo o Brasil.


A maioria das pessoas que praticam exercícios opta por locais fechados, estruturados e pagos, conforme aponta Adriano Loureiro, vice-coordenador do curso de Educação Física, da Universidade Estadual do Ceará (Uece), com base em pesquisa realizada em 2014 pelo Ministério do Esporte. Ele ressalta que, no plano Fortaleza 2040, da Prefeitura de Fortaleza, foi constatado que muitos não se sentem seguros para praticar atividades ao ar livre.

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A pesquisa revela que a realidade do Nordeste tem diferenças em relação ao contexto nacional. Quando se considera o Brasil inteiro, o mais comum é a prática de esportes em instalações mediante alguma forma de pagamento. O percentual de brasileiros que praticam esporte dessa forma é de 33,7%. Porém, entre os nordestinos, o percentual de quem paga por local para prática esportiva é de 23,3%. É a região na qual esse percentual é menor.


“Praticar atividade não é coisa cara. É necessário um bom profissional e segurança. Não precisa nem construir areninha, nem nada”, cita o professor Loureiro. Ele classifica a Cidade como desordenada, argumentando que os espaços públicos propícios para a prática de atividades estão em maior número nos bairros da Regional II, como Aldeota e Meireles, em relação aos bairros da Regional VI, como Messejana e Alto da Balança.

 

Aumento da obesidade

Marcus Strozberg, médico do esporte, conta que o aumento da renda e grande parcela da população passando para a classe média gerou crescimento da obesidade. “A população não fez bem as escolhas alimentares. É preciso educar para o consumo de frutas, menos açúcares, menos industrializados e mais alimentos in natura”, informa.
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