Vídeo que circula na Internet desde domingo, em que um policial militar se exalta e atinge mulher com pelo menos dois tapas no rosto, gerou perplexidade entre a população e repercussão entre as forças estaduais de segurança. O policial militar identificado como capitão Allan Kardek, do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur), prestou depoimento ainda na noite de domingo, 30, e se apresenta hoje ao Quartel de Comando Geral (QCG) para prestar mais esclarecimentos.

Também na noite de domingo, a advogada vítima da agressão registrou boletim de ocorrência no 2º Distrito Policial. Em postagem no Facebook, ela nega desacato ao policial. “Pedi providências quanto a uma tentativa de assalto a uma jovem que aparentava 14 anos, e a resposta foi aquela”, escreveu.

Em depoimento, o capitão da PM relatou que, na ocasião em que o vídeo foi gravado, ele tentava conter um linchamento contra morador de rua. Segundo ele, a mulher estaria encorajando as pessoas a continuarem a agressão. “Em virtude do momento delicado em que se encontravam, (o PM) tentou conter as emoções dos presentes, e de forma automática de seu subconsciente, para evitar um mal maior, (...), precisou usar da força necessária e controlada para que a situação fosse estabelecida à normalidade”, registrou em depoimento.

Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que não compactua com nenhum tipo de violência e não apoia ações excessivas por parte de seus servidores. A secretaria informou ainda que o fato “está sendo devidamente apurado”.

Em postagem no Facebook, o titular da secretaria, delegado André Costa informou que “os policiais são treinados e têm como função essencial servir e proteger”. Sobre os tapas desferidos contra a mulher, ele pediu que “não tratem a exceção como regra”. “Vamos aguardar a apuração do caso, que será tratada com independência e buscando a verdade”, diz.