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Menos de 50% da meta é atingida e vacinação é prorrogada
Cotidiano

Menos de 50% da meta é atingida e vacinação é prorrogada

Em Fortaleza, campanha será estendida até 2 de junho. No Ceará, que alcançou 58,9% do público prioritário, prazo termina dia 9
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Com menos da metade da meta alcançada em Fortaleza, a campanha de vacinação contra a gripe, que se encerraria hoje, foi prorrogada. O período de imunização será estendido até 2 de junho. Até agora, somente 45% do público prioritário recebeu a vacina na Capital. No Ceará, o percentual chegou a 58,9%, conforme a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Para ampliar a cobertura, no Interior, a campanha foi prorrogada por mais tempo e se encerra no dia 9 de junho.

[SAIBAMAIS] 

Além dos postos de saúde, a população pode recorrer a um dos sete terminais de Fortaleza, onde haverá postos de vacinação até o dia 2 do próximo mês. O risco de não vacinar os grupos prioritários é que eleva o risco de termos um surto gripe, já que os mais suscetíveis à doença podem transmiti-la às demais pessoas.


“Mais de 100 pessoas morreram no País no ano passado e este ano ainda não tivemos nenhum problema por conta da boa cobertura de vacinação que tivemos. Não queremos correr riscos”, informa Vanessa Soldatelli, coordenadora de Imunização da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).


Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, o ideal é realizar a imunização antes do início de maior propensão da doença, que é entre o fim de maio até agosto. “Por conta da boa cobertura que tivemos, as pessoas não estão se sentindo ameaçadas e não estão buscando a vacinação”, aponta Soldatelli.


Integram o público prioritário da campanha: pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menos de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade — o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas — e os funcionários do sistema prisional. Quem tem doenças crônicas não transmissíveis, o que inclui pessoas com deficiências específicas, também deve se vacinar.


Baixa procura

No posto de saúde Paulo Marcelo, no Centro, a procura está abaixo do esperado. A aposentada Maria Neide Gadelha Passos, 71, saiu de casa no bairro José Bonifácio para tomar a dose da vacina e não encontrou filas. “O idoso já sofre com vários problemas. Tem artrite, artrose, e o que a gente puder evitar, ajuda bastante”, conta ela, que não deixa de comparecer a nenhuma campanha de imunização. Pai e filha, os advogados Francisco Ferreira, 58, e Thábita Rodrigues, 31, têm diabetes e se encaixam na campanha por terem doenças crônicas. “Deixamos para a última hora”, reconhece Francisco.

 

Pela primeira vez, a campanha de imunização incluiu professores da rede pública e privada. Selma Laurindo, 58, ensina em uma escola particular e acha imprescindível que a vacinação seja mesmo ampliada aos educadores. “Porque a gente tem contato com muitas crianças e podemos não só pegar deles, como transmitir”, diz.

 

Números

 

45% da meta de vacinação foi atingida em Fortaleza

 

58,9% foi o percentual alcançado em  todo o Ceará, conforme a Sesa

 

Saiba mais

 

Proteção

A vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde em 2017 protege contra os três subtipos do vírus da gripe, determinados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) este ano: A/H1N1; A/H3N2 e influenza B. 

 

Prevenção de complicações

A vacina contra influenza é segura e também é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe.

 

Hospitalizações

Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

 

Meta do Ministério da Saúde

O objetivo do ministério é vacinar 90% da população considerada de risco para complicações por gripe.

 

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