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Carros-pipa abastecem mais de meio milhão de pessoas
Cotidiano

Carros-pipa abastecem mais de meio milhão de pessoas

Pouco menos da metade dos 184 municípios possuem localidades dependentes de carros-pipa
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Mesmo com a melhor estação chuvosa dos últimos anos, o Ceará chega ao fim da quadra de 2017 com mais de meio milhão de pessoas que dependem de carros-pipa para o abastecimento de água. Há atualmente 88 municípios com localidades atendidas, pouco menos da metade dos 184. Em outras 49 cidades que eram atendidas, o fornecimento foi temporariamente suspenso em função das chuvas. O que significa que o número crescerá gradualmente a partir do fim da quadra chuvosa, que termina hoje.

Crucial para levar água a comunidades desabastecidas, a Operação Carro-Pipa também causa polêmica. Desde o início do ano, houve várias prisões de pipeiros que tentavam fraudar o programa. Eles carregavam, em motocicletas ou carros particular, equipamentos de monitoramento por geolocalização (GPS) instalados nos caminhões. Os motoristas faziam a rota prevista em veículos menores, sem realizar a entrega da água. Há casos ainda de pessoas alugando caminhões novos para driblar a fiscalização de outros malconservados.

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“Diversas pessoas já foram presas e os inquéritos estão correndo. A fiscalização sempre foi feita. Sabemos dos problemas e estamos tentando sanar”, defendeu o comandante da 10ª Região Militar, general Estevam Theophilo, em audiência ontem na Assembleia Legislativa (AL). Ele garantiu que os pipeiros têm recursos para comprovar o trajeto que fizeram, mesmo em áreas onde existem pontos cegos.

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Demandas

O general apontou o Ministério da Integração Nacional (MI) como o responsável por atender as demandas dos pipeiros. Os motoristas reclamam de atraso no repasse dos recursos, defasagem dos valores pagos e mau funcionamento dos equipamentos de GPS.

 

Na segunda-feira, 29, motoristas de carros-pipa se reuniram com parlamentares, representantes do Exército e da empresa responsável por monitorar os caminhões para reclamar da situação de trabalho. “A maioria das queixas não depende da gente. Não somos donos da operação, somos executores. O dono é o Ministério da Integração, que deveria realizá-la, se tivesse estrutura”, explicou o general.

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