“Nos reservatórios que dão suporte à região e que vêm atendendo, nos últimos cinco anos, a Região Metropolitana de Fortaleza, a recarga não deu água para acumular. Choveu para garantir a produção de sequeiro, mas a área de irrigação continua com prejuízo”, destaca o vice-presidente do Comitê do Baixo Jaguaribe, Karlos Welby. Ele reclama que não houve compensação econômica para a região, que deixou de produzir. “A produção irrigada sempre foi atividade principal. Isso foi tirado e acabou refletindo diretamente no comércio, na economia das cidades”.
Em algumas regiões onde a chuva de sequeiro deu certo, ou seja, a produção de culturas como milho e feijão despontaram, há até queda de preço devido à grande produção. O presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), Antônio Amorim, alerta que a situação ainda é insegura. “No caso do feijão, chamamos a safra de uma única carga.
Pode dar essa carga e já deixar de existir se não houver chuva, por exemplo, nas próximas semanas”.