O tema principal de uma constelação familiar, talvez a vertente mais investigada pela técnica, é o “amor que foi excluído” em determinada fase da vida da pessoa. Segundo Rose Militão, psicóloga e diretora clínica do Centro Sistêmico de Psicologia (Cesp), o criador do processo – o filósofo e terapeuta alemão Bert Hellinger, hoje com 92 anos – defende que “a desordem pessoal e até doenças” seriam geradas pela falta desse sentimento em algum momento da convivência em família e que se transforma em carência.
Consteladora há mais de oito anos, Rose afirma que a constelação familiar permite que a pessoa “acesse o campo sistêmico inconsciente do nosso sistema familiar. É lá onde reside a maioria dos nossos emaranhados, conflitos, doenças, repetições sistêmicas dolorosas por gerações, dificuldades nos relacionamentos, falências, relações conflituosas com o trabalho, dinheiro e etc”, diz.
Como técnica terapêutica e para além do universo familiar, a constelação pode ser aplicada nas áreas da saúde, pedagogia, organizacional, psicologia clínica e no judiciário.
Para quem quer experimentar, o Cesp oferece grupos abertos toda segunda-feira, das 19h às 21h30min. Com entrada franca. Telefones: 3081 4595 / 98420 6643.
YULLI ROTER
Juiz do Tribunal de Justiça de Alagoas. Professor de Direito Constitucional. Utiliza o pensamento sistêmico em audiências de conciliação para solucionar conflitos. Constelador familiar, organizacional e trainee de constelação sistêmica pela Metaforum Brasil (SP) e Universidade de Caxias do Sul (RS).
ROSE MILITÃO
Psicóloga clínica. Facilitadora de treinamento e desenvolvimento, consteladora e terapeuta com método das constelações familiares há mais de oito anos. Diretora clínica do Centro Sistêmico de Psicologia, em Fortaleza. Fez formação na área e estudou segundo os princípios de Bert Helliger, Maurice Jacoel, Mimansa Erika Farny, Dagmar Ramos, Joan Garriga e Jakob Schineider.