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Com trombolítico, Estado espera redução de 17% de mortes por infarto
Cotidiano

Com trombolítico, Estado espera redução de 17% de mortes por infarto

Trombolítico deve ser distribuído para 20 UTIs Móveis do Estado. Com substância, além de haver redução de óbitos durante o socorro, o tempo de internamento dos infartados pode diminuir em até cinco vezes
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Vítimas de infarto socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Ceará têm agora mais chances de sobreviver. Dez unidades do sistema passaram a utilizar, em projeto-piloto, medicamento trombolítico para agilizar o atendimento e reduzir as sequelas do ataque cardíaco. A intenção é distribuir a substância em 20 Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Móveis. Isso deve garantir a cobertura para todo o Estado, com resposta de até duas horas.


A estimativa é de que os óbitos durante o socorro médico reduzam em 17%. O tempo de internamento pode diminuir em até cinco vezes. De acordo com dados fornecidos por Alexandre Karbage, chefe do Serviço de Cardiologia do Hospital de Messejana, cerca de 50% dos pacientes com infarto no miocárdio morrem na primeira hora, se não tiverem atendimento adequado. Essa porcentagem sobe para 80% caso os procedimentos não sejam tomados em até 24 horas.


Conforme o governador Camilo Santana (PT), o investimento é de aproximadamente R$ 1 milhão ao ano com a compra do trombolítico. “O grande benefício é que vamos poder salvar milhares de pessoas, evitando problemas maiores e diminuindo os internamentos hospitalares”, afirmou ontem, durante o lançamento do projeto.


Neste ano, os infartos representam 8,4% dos 14 mil atendimentos realizados pelo Samu. De acordo com Karbage, atualmente, os socorristas transportam a vítima até o hospital para atendimento. Com o trombolítico, será possível prestar o atendimento adequado e realizar a desobstrução ainda na ambulância.


Pioneiro

O Governo do Ceará é o primeiro a adotar o medicamento com disponibilidade para atender, além de Fortaleza, todo o Estado. Em algumas capitais a substância já é oferecida. Ivan Paiva, responsável pela implantação do tratamento em Salvador, conta que a vítima chegar ao hospital com artérias desobstruídas pode ser definidor entre a vida e a morte. “Um paciente não atendido no tempo correto demora 15 dias internado. Com o tratamento, esse tempo chega a ser de três dias”, relatou.
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