Logo O POVO+
Vidas breves: histórias de 8 crianças assassinadas no Ceará em 2016
Cotidiano

Vidas breves: histórias de 8 crianças assassinadas no Ceará em 2016

O POVO inicia hoje a reportagem Vidas Breves. Uma narração da curta vida e trágica morte de oito crianças vítimas de homicídio no Estado. Uma cobrança pela defesa daqueles que, por contra própria, são indefesos
Edição Impressa
Tipo Notícia
NULL (Foto: )
Foto: NULL

Não há idade que defina se um homicídio é aceitável ou não. Assassinatos são igualmente lamentáveis, mas existem circunstâncias que tornam algumas mortes mais gravosas que as demais. Entre essas particularidades, está a motivação do crime — por razão fútil ou torpe —, o emprego de tortura e quando as vítimas são crianças. E, neste último caso, pela incapacidade de se defenderem, tais crimes geram revolta e comoção.

[SAIBAMAIS]

No Ceará, dos 3.407 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) praticados em 2016, que incluem homicídios, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios (roubos seguidos de morte), 10,5% das vítimas tinham entre 1 e 17 anos.


Em queda desde 2014, e não menos alarmantes por isso, as estatísticas refletem uma situação de vulnerabilidade a qual nossas crianças e adolescentes são expostos diariamente. Foram assassinados 350 adolescentes (12 a 17 anos) e 8 crianças (com menos de 12 anos).


Para lançar um olhar sobre tamanha violência, na perspectiva da infância, O POVO inicia hoje a reportagem Vida Breve. São matérias que contam ou recontam as histórias desses quatro meninos e quatro meninas que foram mortos no Estado no ano passado.


Oito trajetórias que permitem constatar que a violência pode ocorrer no lugar onde elas deveriam se sentir mais seguras. Exemplo disso, metade das crianças foi morta por familiares ou pessoas próximas a elas. No caso das garotas, outro agravante. Uma das meninas teve violência sexual confirmada e para outra existe a suspeita.


As outras quatro crianças morreram por disparos de arma de fogo, indireta ou intencionalmente, na rua. Todas, porém, foram atingidas por uma violência banalizada, que se tornou comum, igualando periferias da Capital e Interior.

 

LEIA AMANHÃ.


O POVO discute caminhos para a prevenção de violência contra crianças

 

O que você achou desse conteúdo?