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Março registra 203,7 mm de chuvas e alcança média histórica do Ceará
Cotidiano

Março registra 203,7 mm de chuvas e alcança média histórica do Ceará

A estatística pode aumentar em quatro dias, os últimos do mês. Fevereiro também havia registrado chuvas dentro da média
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Com o acumulado de 203,7 milímetros (mm) de chuva, o mês de março vai chegando ao fim dentro da média considerada normal para o Ceará, que é de 203,4 mm. Essa estatística pode aumentar nestes últimos quatro dias do mês, quando a média mensal será fechada pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), responsável pelo levantamento.


Conforme O POVO divulgou na semana passada, este tem sido o março mais chuvoso desde 2009, época em que foi observada no mês a média de 207,9 mm. Este ano, fevereiro também apresentou bom acumulado de chuva, superando a média histórica em 31%.

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Para a Funceme, o ritmo de chuvas acompanha os dois prognósticos divulgados pelo órgão sobre a quadra chuvosa deste ano. No primeiro, que tratava dos meses de fevereiro, março e abril, a Fundação havia previsto 40% de chances de precipitações dentro da normalidade, para 30% acima e 30% abaixo dela. Já no segundo, que inclui previsões sobre maio, a probabilidade de chuvas dentro da média passou para 43% — 20% acima e 37% abaixo.


Contudo, ainda não é possível afirmar que este ano se configura como pausa na estiagem que chegou a quase esgotar os recursos hídricos cearenses — atualmente os reservatórios estão com 10,2% de água, mas, no dia 1º de janeiro deste ano, se mantinham com 6,3% da capacidade. “É como se estivéssemos na metade de um jogo de futebol”, comparou o meteorologista da Funceme, Raul Fritz.


Segundo ele, as condições oceânicas para a facilitação de chuvas não são as melhores possíveis, mas são minimamente favoráveis para fazer com que o Estado chegue ao fim da quadra em torno da média histórica.


Fritz explicou ainda que as chuvas só estão chegando por causa do estado de neutralização da água do mar, o que favorece precipitações também em regiões como Equador e Peru. “Em relação ao ano passado, a gente tinha um El Niño intenso que costuma atrapalhar as chuvas”, justificou o meteorologista.


A possibilidade de formação de outro El Niño é o que, de acordo com ele, continua a preocupar a Funceme sobre a quadra chuvosa de 2018.


Monitor de secas

No Monitor de Secas que acompanha a estiagem no Nordeste, vinculado à Agência Nacional das Águas (ANA), o Ceará apresentou no mês de fevereiro melhora significativa em relação a janeiro, conforme consta em mapa elaborado no último dia 14 de março.

 

“Houve uma significativa redução da área de seca Excepcional, restringindo-se a uma estreita faixa no extremo sul do Ceará. Por outro lado, houve expansão nas áreas das secas Extrema e Grave, além do surgimento de uma área com seca Moderada no noroeste do Estado”, informa o mapeamento.


O POVO tentou contato com a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), mas ontem não havia gestor disponível para dar entrevista.

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