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Comunidade cobra celeridade nas buscas por criança desaparecida
Cotidiano

Comunidade cobra celeridade nas buscas por criança desaparecida

A avenida Raul Barbosa ficou bloqueada durante quase uma hora. "Eu só quero a minha filha de volta", disse a mãe da criança
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Cobrando agilidade nas buscas e nas investigações do desaparecimento de Débora Lohany de Oliveira, de quatro anos, moradores da Aerolândia, bairro de onde a menina foi levada na noite de segunda-feira, 27, e pessoas que se comoveram com o caso realizaram protesto ontem à tarde. O grupo interditou as duas pistas da avenida Raul Barbosa, por quase uma hora, no trecho próximo à rua Tenente Roma. A mãe de Débora, Daniele dos Santos, participou da manifestação e pediu Justiça.

[SAIBAMAIS]

Por volta das 17 horas, quando o fluxo de veículos era intenso, as pessoas começaram a se reunir na pista. Algumas vestiam branco e carregavam balões. Cícera Janiele Mota Jardim, de 25 anos, foi uma das organizadoras do protesto, mobilizado em redes sociais como Facebook e WhatsApp. “Aqui veio gente que nem conhecia a família. Fizemos o protesto porque pessoas estão usando a dor da família de má-fé para ficar julgando a mãe e espalhando boatos. Queremos a resposta da Justiça”, comentou.


Amiga da família, Elaine Cristina, de 28 anos, disse que a prioridade deveria ser encontrar a criança e teme que o caso caia no esquecimento. “Uns dizem que foi um sequestro, outros dizem que foi levado por um homem, outros já querem envolver a mãe. Não justifica agora colocar culpa nisso e aquilo. Tem que saber onde esta criança está”, cobrou.


Elaine descreveu Débora como uma criança simpática. “Ela é dada, fala com todo mundo e tinha o costume de brincar na calçada, mas não naquele horário e nesta avenida (Raul Barbosa). As lojas fecham cedo”, disse. Ela afirmou ainda que, após o sumiço, os moradores da Aerolândia ficaram até o dia amanhecer nas buscas pelo bairro. Alguns foram parar no bairro Pio XII, seguindo o que pessoas iam falando sobre o caso. “É muito misterioso. Não tem câmera, não tem movimento. Estas lojas aqui todas têm câmeras e ninguém viu essa criança passando com um adulto. Aqui é muito movimentado e é o caminho de muitas pessoas daqui”, destacou.


Mãe

A mãe de Débora, Daniele de Oliveira Santos, informou que esteve ontem na Delegacia de Combate à Exploração Sexual da Criança e do Adolescente (Dececa) e não reconheceu o segundo homem que foi conduzido à unidade policial como o responsável pelo caso. A mãe disse que o homem responsável por ter levado a menina tem uma deficiência no braço.

 

Ela disse que fez um exame toxicológico para provar que não faz uso de entorpecentes e tem permanecido na delegacia para ajudar no que for possível. “Eu só quero a minha filha de volta. É só o que eu quero. Não sei onde ela está. Só Deus sabe onde minha filha está”, caiu em prantos.


Manifestação

A manifestação foi marcada por momentos de confusão. Em um deles, um motociclista que tentava furar o bloqueio dos manifestantes puxou uma faca e foi cercado por moradores, que, em seguida, arremessaram uma pedra em direção ao condutor da moto. Ninguém saiu ferido.

 

Os bloqueios só terminaram após a chegada do Batalhão de Choque. O sargento identificado como Bonfin, do Comando de Policiamento com Cães, negociou com os manifestantes e explicou que as buscas estão acontecendo. Ele acalmou os ânimos na via e os manifestantes retiraram os bloqueios feitos com pedras, pneus e madeira. A via foi liberada por volta das 18 horas.

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