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Assistência também é pensada para pais da vítima
Cotidiano

Assistência também é pensada para pais da vítima

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“Cadê o Joãozinho?”, pergunta a mãe de Maria Lúcia assim que os amigos da família entram no sítio para uma visita. Sentada em uma cama, ela parece acreditar na resposta. Que o filho está na Cidade e volta no dia seguinte. Na moradia precária e escura, ela e o esposo estão sob os cuidados de outro filho, que também aparenta ter problemas mentais, contam os conhecidos.


Sem cerimônias, ele mostra o quarto onde a irmã foi mantida pela família. O pai permanece deitado na rede em outro cômodo, ciente da prisão do filho e do resgate de Maria Lúcia. De acordo com a investigação conduzida pelo delegado Harley Filho, da Delegacia Regional de Itapipoca, os pais foram os primeiros responsáveis por trancar a filha e, agora, estão debilitados.


O pai tem 85 anos, a mãe não teve idade registrada pela equipe do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). A condição de vulnerabilidade dos idosos, que acabaram perdendo o cuidador, também é vista como preocupante.

Nas visitas quinzenais à casa onde Lúcia agora é acolhida, a equipe inclui uma passagem no sítio. Os cuidados de que eles precisam são de saúde na atenção básica. A equipe não descarta que a família também precise de intervenção psiquiátrica. (Thaís Brito)

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