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Em Jaguaribara, comércio ao redor do Castanhão sobrevive do açude cheio
Cotidiano

Em Jaguaribara, comércio ao redor do Castanhão sobrevive do açude cheio

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Desde 2006, a pousada Os Maias funciona para abrigar os turistas e executivos que chegam à nova cidade de Jaguaribara. Grupos de outros estados querendo pesca esportiva, comerciantes em busca dos produtos da piscicultura, gente que vai conhecer o maior açude do Brasil. Um movimento que está quase parado com a seca.


Do primeiro andar, a suíte tem vista privilegiada da parede do reservatório. Com açude cheio, a pousada costumava ter 98% da capacidade reservada para fins de semana e feriados. “Agora tem fim de semana que é só a gente aqui, só pra não fechar mesmo”, conta Edilanda Silveira Maia, uma das proprietárias.


Quando começam as primeiras chuvas do ano, a pousada passa a receber telefonemas. É gente dos outros estados perguntando se tem condição pra pesca. Por ali, até o movimento de trabalhadores e estudiosos esfriou. “Seca o açude e é como se o comércio e o fluxo da cidade morressem”, resume Edilanda. Observando as chuvas de fevereiro, ela recorre à fé pedindo bom inverno.


Do outro lado do açude, na comunidade Curupati-Peixe, Francisco Alves da Silva, 38, tem criação de tilápia. Para ele, a recuperação do Castanhão também traria de volta uma fonte de renda: a venda do peixe frito à beira do açude. No alpendre vazio, ficaram apenas mesas, cadeiras e redes. E a lembrança dos fins de semana movimentados.

 

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