Descentralizar o estoque de medicamentos da atenção primária com a criação de pequenas centrais nos sete terminais de ônibus de Fortaleza é a principal ação tomada hoje pela Prefeitura para minimizar a falha logística que agrava o desabastecimento. Simultaneamente, pretende-se otimizar a compra dos remédios buscando fornecedores em outros estados.
Além disso, segundo o diretor de Gestão e Atendimento do ISGH, Leonardo Costa, a administração municipal “começa a entender” que para os remédios mais difíceis de comprar deve-se aumentar a capacidade de estoque. No entanto, segundo Leonardo, esta medida tem de ser tomada com cautela, considerando as limitações de espaço para armazenamento e o controle de validade dos produtos. “A gente tem buscado descentralizar a compra e aprimorar o processo de aquisição”, resume.
[SAIBAMAIS]Em junho de 2016, o prefeito Roberto Cláudio (PDT) somou dez motocicletas à frota que faz a distribuição dos medicamentos para os 109 postos de saúde e 11 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) da Cidade. A intenção era melhorar a dinâmica de distribuição. Com a criação das sete centrais, não haverá, segundo o ISGH, necessidade de expandir esse reforço.
Em entrevista ao O POVO em janeiro, RC disse que, quando assumiu a Prefeitura pela primeira vez, a compra de medicamentos para a atenção primária era feita de forma conjunta com as atenções secundária e terciária. Justificou que a primeira gestão foi para organizar o estoque e informatizar o sistema. Para os próximos quatro anos, ele projeta melhorar a distribuição para que a falta de medicamentos seja “exceção e não a regra”.
No Brasil
“A ideia não é concorrer com a indústria, mas formar pessoal e produzir aqueles medicamentos colocados no vazio de mercado, que não são de interesse comercial”, explicou Hayne.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que, em 2016, repassou para o componente básico da assistência farmacêutica o valor de R$ 1.969.488.648,52 — em 2015, o repasse foi de R$ 1.756.501.186,68. Também alegou que, no ano passado, o Governo Federal investiu R$ 6,4 bilhões para incentivar a produção nacional de medicamentos, insumos e tecnologias em saúde. (Luana Severo)
Saiba mais
São Paulo também está tendo problemas na compra e na distribuição de medicamentos, segundo reportagem publicada pelo Estadão no último dia 1º. No texto, o secretário municipal da capital paulista, Wilson Pollara, diz que a logística feita não tem funcionado, fazendo com que as pessoas fiquem sem medicamentos.
O contrato da Prefeitura de Fortaleza com o ISGH é de R$ 8,6 milhões mensais. Inclusos neste valor estão R$ 2 milhões investidos somente na compra de medicamentos e R$ 500 mil em materiais hospitalares. Os cerca de R$ 6,1 milhões restantes são utilizados para custear mão-de-obra e serviços de assistência laboratorial, atendimento ao cliente, distribuição, vigilância, manutenção e conservação dos postos de saúde.
Em matéria da última quarta-feira, 15, O POVO informou que pelo menos R$ 50 milhões foram cortados do orçamento estadual da Saúde, o que implicaria em interrupções nos serviços públicos e desabastecimento de determinados medicamentos como anticonvulsivantes para crianças.
Ontem, familiares de pacientes que usam o remédio anticonvulsivante Sabril estiveram na sede da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) cobrando o recebimento da droga. Desde dezembro, o medicamento está em falta. Em nota, a Sesa informou que “está em processo de empenho para aquisição do medicamento Vigabatrina 500mg (Sabril é o nome comercial)” e que a previsão de entrega é este mês.
Para entender
Das causas para a falta de medicamentos nos postos de saúde de Fortaleza, o que é consequência da:Conjuntura nacional
- Recessão econômica
- Insuficiência de matéria-prima- Desinteresse da indústria farmacêutica em produzir o que não é rentável
Gerência da Prefeitura de Fortaleza
- Burocratização do processo licitatório para compra dos medicamentos
- Ineficiência na gestão de compra e distribuição
- Aumento da rede de assistência (inauguração de novos postos)
Multimídia
Veja vídeo sobre a central de Fortaleza
Além disso, segundo o diretor de Gestão e Atendimento do ISGH, Leonardo Costa, a administração municipal “começa a entender” que para os remédios mais difíceis de comprar deve-se aumentar a capacidade de estoque. No entanto, segundo Leonardo, esta medida tem de ser tomada com cautela, considerando as limitações de espaço para armazenamento e o controle de validade dos produtos. “A gente tem buscado descentralizar a compra e aprimorar o processo de aquisição”, resume.
Em junho de 2016, o prefeito Roberto Cláudio (PDT) somou dez motocicletas à frota que faz a distribuição dos medicamentos para os 109 postos de saúde e 11 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) da Cidade. A intenção era melhorar a dinâmica de distribuição. Com a criação das sete centrais, não haverá, segundo o ISGH, necessidade de expandir esse reforço.
Em entrevista ao O POVO em janeiro, RC disse que, quando assumiu a Prefeitura pela primeira vez, a compra de medicamentos para a atenção primária era feita de forma conjunta com as atenções secundária e terciária. Justificou que a primeira gestão foi para organizar o estoque e informatizar o sistema. Para os próximos quatro anos, ele projeta melhorar a distribuição para que a falta de medicamentos seja “exceção e não a regra”.
No Brasil
“A ideia não é concorrer com a indústria, mas formar pessoal e produzir aqueles medicamentos colocados no vazio de mercado, que não são de interesse comercial”, explicou Hayne.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que, em 2016, repassou para o componente básico da assistência farmacêutica o valor de R$ 1.969.488.648,52 — em 2015, o repasse foi de R$ 1.756.501.186,68. Também alegou que, no ano passado, o Governo Federal investiu R$ 6,4 bilhões para incentivar a produção nacional de medicamentos, insumos e tecnologias em saúde. (Luana Severo)
Saiba mais
São Paulo também está tendo problemas na compra e na distribuição de medicamentos, segundo reportagem publicada pelo Estadão no último dia 1º. No texto, o secretário municipal da capital paulista, Wilson Pollara, diz que a logística feita não tem funcionado, fazendo com que as pessoas fiquem sem medicamentos.
O contrato da Prefeitura de Fortaleza com o ISGH é de R$ 8,6 milhões mensais. Inclusos neste valor estão R$ 2 milhões investidos somente na compra de medicamentos e R$ 500 mil em materiais hospitalares. Os cerca de R$ 6,1 milhões restantes são utilizados para custear mão-de-obra e serviços de assistência laboratorial, atendimento ao cliente, distribuição, vigilância, manutenção e conservação dos postos de saúde.
Em matéria da última quarta-feira, 15, O POVO informou que pelo menos R$ 50 milhões foram cortados do orçamento estadual da Saúde, o que implicaria em interrupções nos serviços públicos e desabastecimento de determinados medicamentos como anticonvulsivantes para crianças.
Ontem, familiares de pacientes que usam o remédio anticonvulsivante Sabril estiveram na sede da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) cobrando o recebimento da droga. Desde dezembro, o medicamento está em falta. Em nota, a Sesa informou que “está em processo de empenho para aquisição do medicamento Vigabatrina 500mg (Sabril é o nome comercial)” e que a previsão de entrega é este mês.
Para entender
Das causas para a falta de medicamentos nos postos de saúde de Fortaleza, o que é consequência da:Conjuntura nacional
- Recessão econômica
- Insuficiência de matéria-prima- Desinteresse da indústria farmacêutica em produzir o que não é rentável
Gerência da Prefeitura de Fortaleza
- Burocratização do processo licitatório para compra dos medicamentos
- Ineficiência na gestão de compra e distribuição
- Aumento da rede de assistência (inauguração de novos postos)
Multimídia
Veja vídeo sobre a central de Fortaleza