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Thaís Brito
thaisbrito@opovo.com.br
A inclusão de carros elétricos e a implantação de GPS na frota terão viabilidade estudada pela Prefeitura para integrar o sistema de táxis de Fortaleza. As duas medidas integram cinco ações de modernização da frota, anunciadas na manhã de ontem pelo prefeito Roberto Cláudio (PDT), em coletiva de imprensa no Paço Municipal. Enquanto prevê melhorias para o sistema, Prefeitura mantém decisão de manter na ilegalidade motoristas da empresa Uber na Capital.
[SAIBAMAIS]Uma das possibilidades para a frota de táxi é expandir a experiência de carros elétricos já iniciada em Fortaleza com o programa de carros compartilhados. A Prefeitura estudará os custos e benefícios dos sistemas executados em São Paulo e no Rio de Janeiro, comentou o secretário executivo da Conservação e dos Serviços Públicos, Luiz Alberto Sabóia. Conforme o secretário, 62% da poluição de Fortaleza é proveniente dos veículos. Caso a medida seja implementada, parte da frota reduzirá a emissão de poluentes.
Planejamento de rotas e previsibilidade são vantagens a serem buscadas com a implantação de GPS nos táxis, outra medida a ser avaliada para melhoria do sistema. Os três itens restantes são a requalificação de pontos de estacionamento, estudo de oferta e demanda para redimensionar as vagas de táxi e nova licitação de vagas, com edital previsto para o mês de maio. Atualmente, são 4,8 mil vagas na Capital.
Os estudos podem ajudar a organizar melhor a demanda do sistema. Segundo Sabóia, a legislação prevê a oferta de um táxi para cada 500 habitantes. Enquanto no Brasil, esta média é de um veículo para cada 350 habitantes, esta taxa cai até um carro para 250 habitantes no Rio de Janeiro. Os estudos serão conduzidos por equipe multidisciplinar da Prefeitura, incluindo as pastas da Infraestrutura, da Conservação e Serviços Públicos, a Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) e a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor).
Ao ser perguntado sobre o posicionamento em relação à empresa Uber em Fortaleza, o prefeito descartou as perspectivas de regulamentação. “Não há nenhuma legalidade no transporte pessoal de passageiros que não seja o táxi. Por essa razão, tenho dito e repetido que o papel da Prefeitura é fiscalizar qualquer tipo de transporte de passageiros que não seja legalizado”, afirmou. RC acrescentou que o compromisso é em aumentar e modernizar a frota de táxi, além de prezar pela qualidade do serviço.