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Sara Oliveira

saraoliveira@opovo.com.br

Quando se juntam o Homem Aranha, a Joaninha, o Chaves e a Rainha Elsa, pode ter certeza que o encontro é animado. Pré-Carnaval também é tempo de festa para quem tem bem menos de 18 anos. Em meio a fantasias, espuma e confete, muitos pais e avós revivem a alegria carnavalesca junto das crianças. Ontem, no Passeio Público (Praça dos Mártires) e na Casa José de Alencar, a farra foi boa.

Pipoca, brinquedo e tudo colorido. O baile infantil precisa deixar os pequenos à vontade, soltos para acompanhar o ritmo das marchinhas tocadas pela banda. “Estou esperando a mamãe comprar a espuminha. Ah, falando em confete...”, disse Lara, 5, já sacando da bolsa da mãe um pacote de papéis coloridos. Basta jogar para cima e pronto, já choveu um pouco mais de sorrisos. Ela, a mãe e a irmã de oito anos foram ao Passeio Público. “Sempre trago. Elas fazem questão de participar”, conta a mãe, Lígia Mazza, 29.

No palco, a banda do Tio Marcão o acompanhava em cada adaptação das músicas e comunicação direta com os foliões. “Bata a mãe, o pé, dance e assobie”, desafiava o cantor, que tirava novos passos e muita gargalhada do público.

Usar a roupa igual é rotina em datas comemorativas para a família de Lucas, 1. “A gente é cafona mesmo, mas adoramos. Fizemos essas blusas para as férias e estamos aproveitando no Pré”, contou a mãe, a militar Natália Oliveira. Levar o filho ao baile é garantia de diversão. Mas e se ele cair? Comer papel ou se esbarrar em algum outro pequeno? “Faz parte. Só precisa ter cuidado para não ser nada grave”, garante Natália.

O domingo dedicado aos filhos não anula a diversão dos pais. “É um evento para toda a família, então é saudável que venhamos juntos”, ponderou Jorge William, 35, pai do Miguel, de seis meses. A ida a locais que reúnam crianças, conforme ele, facilita a sociabilidade do filho. “E o acostuma com ambientes diferentes também”, frisou.

Vovôs carnavalescos

Ver a animação das miudezas deixa os corações dos avós mais rejuvenescidos. “É uma forma de a gente curtir com ele, de reunir a família. E reviver toda essa alegria”, afirmou Fátima Souza, 63, avó do Heitor, de 1 ano e meio, fantasiado de pirata. Em 2016 ele já havia participado do baile infantil e curtiu mais do que esse ano. “Como ele ficava no braço, mais aconchegado, se sentiu melhor. Hoje, no chão, ele está com medo”, acrescentou a mãe, Gisele Souza, 32.

 

Para Gorete Aiello, 65, acompanhar o Miguel - o homem-aranha - no baile da Casa José de Alencar é não deixar a tradição cultural do Carnaval se apagar. “Ele adora e os pais se conheceram em um Carnaval, por isso é ainda mais importante”, destacou.

Organização

Para Keynne Sampaio, organizadora do Pré-Carnaval infantil na Casa José de Alencar, é importante que o evento forneça um ambiente seguro e tranquilo para os pequenos. “A banda sentiu a necessidade de tocar músicas que alegrem pais, filhos e avós. Os grandes dançam também e as crianças vão apurando o ouvido para a boa música também”, explicou.

 

A festa por lá e no Passeio Público segue ainda nos dias 5, 12 e 19 de fevereiro, sempre a partir das 9 horas.

ALEGRIA EM FAMÍLIA

Festejos no Passeio e na Casa José de Alencar

1) No Passeio Público, a festa foi do Heitor e da avó, Fátima. A Charanga do Tio Marcão foi responsável pela música 2) No local, família foi unida e fantasiada para curtir o Pré-Carnaval, animado ainda por brincadeiras
3) Confete é a diversão mais colorida entre as crianças. Os pedacinhos de papel são inclusive reutilizados, recolhidos do chão mesmo. Na entrada da Casa José de Alencar, o saco era vendido por R$5