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"A águia pousou"

17:00 | 29/07/2017
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Por Dermeval Carneiro

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Caros amigos leitores da coluna Visões do Cosmos, hoje vamos homenagear, mais uma vez, uma das maiores conquistas da Ciência e da Tecnologia – O pouso tripulado no solo lunar de um artefato de engenharia construído pelo homem. Há dez dias, no último dia 20 de julho, completaram-se 48 anos dessa façanha - a primeira visita de um ser humano à Lua.


E a “Águia Pousou”! No dia 20 de julho de 1969, enquanto a nave passava pela face oculta da Lua, o Módulo Lunar, batizado de Águia, se separou do Módulo de Comando e iniciou a descida. A bordo estavam Neil Armstrong e Edwin Aldrin. Quando estavam a 15km da superfície lunar, os computadores indicaram que o comandante Armstrong tinha apenas cinco segundos para decidir se pousava ou voltava para o módulo de comando, e ele decidiu: “prosseguir”.


Essa façanha nunca foi superada até agora. Com isso, Armstrong e Aldrin puderam pisar, pela primeira vez, o solo lunar.

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A Lua sempre chamou a atenção de todos os povos em todos os continentes e em todas as épocas. Sua aparição no céu noturno alimentou mentes inspiradoras e daí surgiram inúmeras lendas, fábulas, prosas, versos, livros e filmes. Uma dessas mentes, há 152 anos, imaginou a viagem do homem até a Lua; foi o grande escritor Júlio Verne quando publicou o livro De la Terre à la Lune em 1865, no qual descreveu a viagem de um grupo de homens até a Lua através de um grande canhão. Aproveitamos para ressaltar, que já entre os séculos VI e VII o grande físico, matemático e astrônomo alemão Johannes Kepler, cujas obras serviram de bases para a Teoria da Gravitação Universal de Isaac Newton, já havia previsto uma viagem do homem à Lua. No início do século 20, em 1902, o francês Georges Méliès lançou o filme De la Terre à la Lune , o que foi um dos primeiros filmes de ficção científica sobre uma viagem à Lua.


Ciência que estuda as condições de locomoção no espaço, que envolve as tecnologias de construção de foguetes, cálculo de órbitas de satélites, trajetórias de sondas espaciais, transmissão e recepção de sinais entre a Terra e as naves, entre outras técnicas, surgiu no início dos anos 1900 e se chama Astronáutica.


É curioso notar que os três principais precursores da Astronáutica, estudiosos teóricos e práticos sobre foguetes, viveram praticamente na mesma época, trabalhavam em temas semelhantes, chegaram a resultados quase iguais mas nunca se encontraram, eles são: o russo Konstantin Eduardovich Tsiolkosky (1857-1935), o americano Robert Hutchings Goddard (1822-1945) e o alemão Hermann Julius Oberth (1894-1989).


No final da Segunda Guerra Mundial, a antiga União Soviética e os Estados Unidos apreenderam vários cientistas alemães, dentre eles, engenheiros projetistas do foguete V2.

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Em particular, para os Estados Unidos, foi importante a captura de Wernher Von Braun. Ironicamente, o homem que participou do projeto das bombas V2, projetou o foguete Saturno V, que levou o homem à Lua.


Aprendemos na escola que a Lua é o satélite natural da Terra. Na verdade, a coisa não é bem assim. A Astronomia e a Física nos mostram que Terra e Lua formam Sistema Binário de Planetas. Comparada com as dimensões da Terra e, considerando as proporções entre as dimensões dos satélites dos outros planetas, a Lua é o maior satélite entre todos do nosso Sistema Solar. A Terra é quase 4 vezes maior do que a Lua e a massa 8 vezes maior. Colocando isso em equações, conclui-se que se uma pessoa pesar 60kg aqui na Terra, pesaria apenas 10Kg na Lua.


A Lua é milhares de vezes menor do que o Sol mas, devido à sua proximidade de nós, sua influência gravitacional sobre a Terra é maior do que a da nossa estrela.


A influência gravitacional da Lua sobre a Terra é vital para nosso planeta. Sem a Lua, não haveria vida na Terra como temos hoje. É devido a essa interação gravitacional que o clima e as estações do ano aqui na Terra são mantidos em equilíbrio como estão no momento.


Existem várias hipóteses sobre a origem da Lua. A mais aceita atualmente é a de que a Terra, recém-formada, recebeu o impacto de um corpo do tamanho de Marte, apelidado de Theia. Os resíduos desse impacto se aglutinaram e formaram a Lua.

 

ECLIPSE TOTAL DO SOL

No dia 21 de agosto próximo, teremos um belo e raro fenômeno astronômico proporcionado pelas posições entre Terra, Lua e Sol – um Eclipse total do Sol. Infelizmente, aqui para nós do Norte e Nordeste Brasileiro, o eclipse não será visto como um eclipse total do Sol e, sim, como um eclipse parcial do Sol. Ou seja, veremos apenas uma parte do disco solar encoberto pela Lua. Já em todo o território dos Estados Unidos da América, o eclipse será visto como total.

Um eclipse total do Sol ocorre na Lua nova, e estando Terra, Lua e Sol alinhados. Quando a Lua está mais próxima de nós, Apogeu, o Sol não é coberto totalmente pela Lua e o eclipse é chamado Eclipse Anular do Sol.


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