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Impasse na mudança da tancagem causa prejuízos

17:00 | 25/03/2017
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JOCÉLIO LEAL

 

A indefinição quanto ao parque de tancagem do Ceará tem gerados prejuízos todos os dias para quem opera no Mucuripe. O impasse é antigo e não há horizonte claro hoje sobre a questão. A capacidade de armazenamento do Mucuripe é pequena e não pode ser aumentada, ante a sempre adiada migração dos tanques para o Complexo do Pecém. A pauta vem desde os anos 1990. A distribuidora cearense SP Combustíveis, por exemplo, vê sua participação mercado evaporar por conta destas limitações. Era 1,2%, hoje um tanto menos.


A título de comparação, Suape, em Pernambuco, tem 700 milhões de litros de tancagem. Mucuripe tem em torno de 100 milhões. É um quarto do que, por exemplo, tem Itaqui, no Maranhão. Para dar conta da demanda, as distribuidoras veem os custos aumentarem. Isto se dá pela maior periodicidade dos navios. A Petrobras cobra mais por isto. Chama de adicional logístico. E ainda um pênalti por não ter tancagem suficiente. As empresas são obrigadas a trazer por via rodoviária. Um dos pontos de partida é a Refinaria Clara Camarão, em Guamaré (RN). Manda mais diesel, mas vem gasolina automotiva também. Suape também fornece. Aliás, o Cariri é abastecido pelo pernambucano parque de Suape. Hoje no Mucuripe, há cinco distribuidoras instaladas: BR Distribuidora, Raizen Ipiranga (cujo controle da ALE ainda não foi aprovado), SP e ALE. O Governo do Estado sabe deste drama. O secretário Lúcio Gomes, da Infraestrutura, no cargo desde o mês passado apenas, está na fase de tomar pé do caso. Ele recebeu o clamor das empresas e também está ouvindo interessadas em investir no negócio. Duas foram até ele em Roterdã. Vopak e VTTI. Por enquanto, só conversa.


PREPARAR, APONTAR...

Nos bancos, chamam de reciprocidade. É quando o gerente lhe empurrar um produto e você aceita porque está de olho em um empréstimo. Na relação Ceará e Petrobras aconteceu parecido naquele tempo em que o gás da estatal seria o combustível para um projeto anterior de siderúrgica. Assim como um gerente, a Petrobras empurrou um contrato pelo qual o Porto do Pecém tem de engolir um navio de regaseificação parado lá há anos por um precinho ruim e sem direito a rompimento pelo Estado. O inconveniente - que dá prejuízo para a Ceará Portos, que poderia usar o berço para ganhar mais dinheiro com outras operações - pode estar com os dias contados. O Estado encontrou um torpedo.

ROTERDÃ-PECÉM


APM a postos

O maior operador do mundo, a APM Terminals, com cerca de 80 terminais, tem o maior interesse do planeta que o namoro Roterdã-Pecém emplaque. Ricardo Arten, diretor no Brasil, e Marcus Albuquerque, sócio no Ceará com 25%, estavam na missão do Ceará na Holanda esta semana. A APM Pecém investiu ao todo R$ 120 milhões em equipamentos para movimentação de cargas. Para a empresa, na hora em que houver novas demandas, a ordem é investir mais.

 

Ele já veio ao Barro Preto

Stefan Schulte, o CEO da Fraport, a alemã que arrematou o nosso Pinto Martins no leilão da semana passada, virá entre setembro e outubro fazer a primeira visita ao equipamento desde a vitória. Desde a vitória, porque ele já conhece o terminal. Stefan contou ao governador Camilo Santana que veio há não muito tempo ao Ceará. Ficou hospedado com a família no hotel Carmel, na Praia do Barro Preto, em Aquiraz. Stefan recebeu Camilo na quinta-feira.

O governador, a propósito, estava acompanhado do presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiec), Beto Studart, do vice-presidente do Grupo M.Dias Branco, Geraldo Luciano, e do vice-presidente da Fiec, Ricardo Cavalcanti. Tomaram o jatinho de Beto em Roterdã na quinta, se reuniram com Stefan e voaram para pernoitar em Lisboa. Na manhã de sexta voaram para Fortaleza, com escala na Ilha do Sal.

 

JOGO RÁPIDO

 

UNIMED COM SOBRAS O presidente da Unimed Fortaleza, João Borges, vai anunciar na segunda-feira, na Assembleia Geral dos médicos cooperados, que as sobras obtidas no ano passado chegaram a R$ 6,249 milhões. A cooperativa é hoje a sexta maior do País.


FÓRMULA


Química entre empresas gera cooperativa no Ceará

O case da Coopercon-CE, este ano a completar 20 anos, ainda inspira. É mirando na proeza de reunir construturas concorrentes para comprar juntos que a indústria química do Ceará tenta dar liga a uma Cooperquímica. Há cerca de 120 empresas filiadas ao Sindicato do setor. Mas a fórmula, segundo o empresário José Dias de Vasconcelos, deve começar a borbulhar com poucos, digamos, elementos químicos. “Deve ser um grupo pequeno para que primeiro a gente entenda como funciona”.

 

LG


Life’s good na UFC

O Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento em Design e Computação Móvel do Grupo de Rede de Computadores, Engenharia de Software e Sistemas (GREat), da UFC, tem um novo espaço. Fruto de parceria com a indústria coreana LG Electronics. Já são 10 anos de relação. A LG faz as auditorias de praxe e tem tido só alegrias. Tanto com os produtos quanto com a prestação de contas.


A LG já repassou um total de R$ 78 milhões.

 

ADMINISTRAÇÃO


Tem espaço na van

No próximo dia 31, o Conselho Regional de Administração do Ceará lançará o "CRA-CE Itinerante". Em suma, uma van na qual haverá atendimento pelo Ceará afora. O presidente do Conselho Federal, Wagner Siqueira, estará ao lado do presidente do CRA-CE, Leonardo Macedo. Na van, será possível pagar a anuidade, tirar a 2ª via de Carteira de Identidade Profissional e da Carteira de Estudante. Será 8h30min na Praça da Imprensa.

 

O PERFIL DA FRAPORT

AEROPORTO
. O embaixador César Amaral, cônsul-geral do Brasil na Holanda, conhece bem a Fraport, a futura concessionária do Aeroporto de Fortaleza. Ele serviu na Alemanha por cinco anos e diz que empresa é sólida e tem relação muito íntima com Lufthansa nos interesses, por terem sede em Frankfurt, o principal hub do país. “Eles não vão ajudar por ajudar, vão atrair linhas para tornar o negócio lucrativo”.


Uma água, por favor!

As ofensivas no marketing de causa, estratégia que corre na Ambev (com a nova água Ama, despejar 100% do lucro em projetos no semiárido) e na Coca-Cola (injetando R$ 20 milhões com o BNB no acesso à água potável) são vistas com ceticismo pela concorrência. Um empresário do setor no Ceará diz: brasileiro ainda compra pouco pela marca.

 

HORIZONTAIS

* RABOBANK. O holandês Rabobank, com forte atuação no agronegócio brasileiro, e de olho nos business a surgirem na parceria Roterdã-Pecém, apresentou análise macroecômica. Trabalha com crescimento de 0,2% este ano e 2,5% em 2018. O Brasil não teve crise, mas recessão. Para ser crise, diz o Rabobank, precisaria haver crise bancária, o que não houve * RÁDIO. De segunda a sexta tem Vertical S/A a qualquer momento nas rádios Mucuripe FM 106.5 e O POVO-CBN 95.5.

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