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VERSÃO IMPRESSA

Fascismo mostra a cara

2018-03-18 00:00:00


O assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) é uma demonstração clara da enrascada em que se meteu o Exército ao aceitar comandar a intervenção militar no Rio de Janeiro. Os indícios de retaliação contra a vítima são claros e, certamente, viria de quem se sentiu incomodado pelas suas denúncias a respeito das truculências cometidas por forças repressoras contra a população civil, indistintamente, na Favela de Acari, na Zona Norte do Rio, sábado passado. O ódio suscitado pela sua atuação na defesa dos direitos humanos parece ter redobrado quando ela aceitou o papel de relatora da comissão da Câmara Municipal encarregada de monitorar os passos das forças repressoras nos morros cariocas e assim proteger a população civil. O que tem de fascista pululando no Rio de Janeiro não é brincadeira. Resta saber se as Forças Armadas vão tolerar eventuais facínoras embutidos no aparelho repressor.


 
ATAQUE
 

Um ataque ainda mais contundente, desta vez contra o próprio Estado brasileiro, feito agora por uma potência estrangeira com a aparente cooperação de agentes públicos brasileiros, acaba de ser revelado pela defesa do ex-presidente Lula ao apresentar as provas da interferência ilegal do Departamento de Estado americano na Operação Lava Jato, que resultou no desmonte da cadeia de gás e óleo da Petrobras, da indústria naval, da engenharia nacional e da própria economia do Brasil. Segundo a peça acusatória, houve uma articulação “íntima”, sem o controle das instâncias centrais do Estado brasileiro, entre procuradores brasileiros e agentes públicos americanos para a montagem de operações que, a pretexto de combater a corrupção, resultaram na destruição de setores estratégicos nacionais e sua transferência para seu concorrente maior.
 


VÍDEO
 

A defesa de Lula apresentou os vídeos de declarações de autoridades americanas confirmando essa ação paralela que tem tudo para ser o maior escândalo da história do Brasil e poderia confirmar ter havido uma espécie de crime de lesa-pátria. As próprias palavras do então vice-procurador geral adjunto do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ), Kenneth Blanco, e de Trevor Mc Fadden, então subsecretário geral de Justiça Adjunto Interino, confirmariam isso: https://bit.do/ea5UQ
 


PROVAS
 

Os advogados Cristiano Zanin Martins e José Roberto Batochio protocolaram então, junto ao TRF-4, provas de que o juiz Sergio Moro, que pediu demissão da Universidade Federal do Paraná e deve se mudar para os Estados Unidos, colaborou fora dos registros oficiais com autoridades estadunidenses de forma ilegal: “As novas provas apresentadas reclamam a necessidade de o TRF4, ao julgar os embargos de declaração, proclamar a nulidade de todo o processo ou, então, absolver o ex-presidente Lula”. São as mesmas forças que preparam o arremate final do golpe de 2016: a prisão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e o impedimento de sua candidatura (cuja eleição seria esmagadora, se prevalecesse a vontade da maioria do eleitorado, registrada nas pesquisas de opinião).
 


GEOPOLÍTICA


Um Brasil dono do próprio nariz, com recursos naturais imensos (pré-sal, gás, maiores aquíferos do mundo, biodiversidade, parque industrial sofisticado, território continental, vasta população, invejável mercado interno e integrante de um bloco econômico de peso (Brics) e de marcante liderança regional, bem como ascendente no jogo de poder mundial não interessa à potência hegemônica. Sobretudo, quando defende um modelo econômico desenvolvimentista e nacional que possa se espraiar regionalmente, aglutinando parceiros. Petulância. Está explicado porque Lula deve ser preso e impedido de voltar ao poder. Sua importância geopolítica é ignorada pela elite “vira-lata”, embasbacada com Miami. Basta ver o que diz o experiente jornalista internacional Pepe Escobar, nesta entrevista ao blog 247, onde discorre sobre a “guerra híbrida” contra o Brasil, que tem Lula e o PT como alvos principais:

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