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Imóveis: esperança de retomada das vendas

2017-07-12 01:30:00

A área de construção civil registrou crescimento de 2,21% no primeiro trimestre de 2017, pelos dados do Instituto de Pesquisa Econômica e Estratégica do Estado (Ipece) mas, para os próximos meses, é difícil fazer projeções.


A atividade vem sofrendo muito nos últimos dois anos, diante de uma situação considerada catastrófica do País, o que permitiu o declínio de mais de 8% da economia – mas há esperança de recuperação das vendas do setor neste semestre.


O presidente do Sindicato da indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, afirma que qualquer número apresentado agora como previsão representa apenas “chute”, mas acredita nos sinais de melhora da economia. A aposta é no descolamento do setor produtivo em relação à situação política do País.


Este semestre, o mercado imobiliário praticamente não apresentou lançamentos e, até o retorno mais consistente das vendas, deve permanecer assim. As empresas querem primeiro encerrar os seus estoques para iniciar 2018 com novos projetos, quando só então devem surgir os lançamentos.


RAIO X


APOSTA NO RETORNO DOS INVESTIDORES


Ontem, durante o Projeto Raio X, na Rádio O POVO CBN, que tratou do segmento de construção civil, a conclusão era de que as empresas precisam refazer as bases de relação com o poder.


Devido à crise, as companhias estão tendo de se reinventar e querem discutir tudo, inclusive o peso dos impostos e o retorno oferecido à sociedade. Com a redução da inflação, a aposta do setor é na redução dos juros, o que deve facilitar as vendas no próximo semestre, com o retorno de investidores. Ou seja: quem estava aplicando no mercado financeiro deve voltar a fazer investimentos no setor produtivo. Este segmento de compradores é muito importante para o setor, porque é o que faz suas reservas logo no início dos lançamentos de imóveis.


IMPOSTOS


NOVO REFIS NÃO ATENDE INCORPORADORAS


Mesmo com todos os entendimentos entre governo federal e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (Cbic), o Novo Refis (Programa Especial de Regularização Tributária - PERT) ainda não atendeu as demandas dos incorporadores.


O presidente da Colmeia e diretor da Coopercon-CE, Otacílio Valente, que também participou do projeto Raio X, diz que o programa deixou de fora um dos maiores pesos tributários do setor: o Regime Especial sobre a Tributação (RET), que representa um percentual de 4% sobre a receita das incorporadoras.


REGRAS PARA OS DISTRATOS


MODELO DOS CONSÓRCIOS


O mercado imobiliário também vem sofrendo com a devolução de imóveis adquiridos pelos seus compradores. A quantidade de distratos tem abalado as empresas. Otacílio Valente afirma que esse é um problema que precisa de solução e de novas regras.


Uma saída, na sua visão, seria a utilização de um modelo semelhante ao dos consórcios, no qual a devolução do dinheiro para quem desiste ficaria para o final do grupo; no caso dos imóveis, ficaria para depois da venda do bem pela construtora.


OUTLET 1


CRESCIMENTO DE 40%


O mercado de shopping centers anda mais concorrido e, em algumas regiões, com mostra de saturação. Apesar disso, setores com maior apelo de preço continuam crescendo. No Ceará, o segmento de outlet é beneficiado pela crise. O superintendente do Off Outlet, Rodrigo Vitali, explica que a ocupação do empreendimento é de 90%, o que é surpreendente para um equipamento com apenas três anos. A previsão de resultado do setor é de aumento de 40%.


OUTLET 2


ASICS ABRIRÁ LOJA NO OFF


Grandes marcas também apostam no segmento de outlet e no mercado nordestino. Embora quase todos os grandes grupos tenham posto o pé no freio depois de mais de uma década de expansão do varejo, surgem novidades. No caso do Off Outlet, a próxima grande aposta é da marca esportiva japonesa Asics, que investe quase R$ 2 milhões na nova loja.


MERCADO


REAÇÃO DE INDIFERENÇA


O mercado parece que não reage mais aos novos episódios da novela política. Embora os investidores continuem atentos e interessados na aprovação da reforma trabalhista, as oscilações do dólar e da bolsa são absolutamente normais, não refletindo o que está sendo chamado de “apocalipse político nacional”.


O comportamento passivo tem explicação: não há nenhuma razão concreta para mudar os preços diante das últimas turbulências, já que a aposta é na aprovação das reformas.


Não espere o Juízo Final. Ele se realiza todos os dias”

Albert Camus (1913-1960), escritor francês

RÁDIO


O POVO Economia da Rádio O POVO CBN (FM 95.5), a partir das 14 horas. Destaque para o quadro “Sobe e desce da economia”, com o jornalista Nazareno Albuquerque.

 

TV


Você pode assistir ao programa O POVO Economia também através do portal: tv.opovo.com.br/opovoeconomia.

 

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