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Comércio aposta na estabilidade

2017-07-13 01:30:00

O cenário continua desafiador para o comércio. A grande expectativa é garantir que não ocorram perdas no segundo semestre, diante do quadro de endividamento e desemprego. Pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de crescimento do setor este ano, no Ceará, foi de 0,5%, calculado até abril. O percentual é um alento diante da situação do País e a esperança é de que o ano de 2017 feche com este nível de estabilidade.


O setor é considerado um dos mais sensíveis às flutuações econômicas, respondendo rapidamente aos problemas e aos incentivos. No caso do Ceará, ainda existem razões que garantem certa estabilidade. Uma delas é a organização do governo.


“A crise tem feito com que o Ceará seja visto nacionalmente como um pequeno Estado que brilha”, diz o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. Ontem, durante o Projeto Raio X, da Rádio O POVO CBN, ele explicou que tem visitado dois a três estados por mês e há um desânimo no varejo, principalmente naqueles que não estão pagando aos seus servidores.


A esperança dos lojistas é a seguinte: se houver um final de ano bom, 2018 pode melhorar já no primeiro trimestre.


SALÁRIOS


ATRASO É O PIOR DOS IMPOSTOS


O presidente da CDL de Fortaleza, Severino Neto, diz que o pior dos impostos é o atraso nos pagamentos do Estado, mas que felizmente isso não acontece por aqui. Em Fortaleza, segundo ele, cerca de 200 lojas fecharam. A cidade possui aproximadamente 664 mil estabelecimentos, dos quais 51% atuam no varejo.


O presidente da CDL torce pela retomada da construção civil. “Com a retomada da atividade, outros setores ganham fôlego”, acrescenta.


PROJEÇÕES


PERSPECTIVAS PARA AUTOPEÇAS


Alguns segmentos estão melhores do que outros no comércio. A estimativa da Fecomércio é de que as atividades ligadas às lojas de autopeças e acessórios cresçam 18,8%; já as farmácias, as perfumarias e os produtos óticos apresentam a possibilidade de uma melhora nos resultados de 11,6%. As lojas de materiais de construção, por exemplo, têm uma projeção de crescimento de 10,1% e as lojas de vestuários, tecidos e calçados de 9,9%.


As maiores baixas no ano são previstas para os supermercados (-1,5%), revendas de veículos (-2,5%), lojas de móveis e decoração (-11,5%) e combustíveis e lubrificantes (-16,7%).


DIMENSÕES DE CRENÇAS


MUDANÇAS NO CENÁRIO


Honório Pinheiro ressalta que, diante das crises que o País atravessa, é necessário criar novas dimensões de crenças. “É preciso preparar, parceirizar e acreditar. Temos um País tão burocrático que recolher impostos é um grande desafio”, acrescenta.


Severino Neto defende a mesma ideia, bem como a atualização da lei trabalhista. Na sua avaliação, o trabalho intermitente permitirá a entrada de jovens no mercado e diz: “Se o governo não atrapalhar já será muito bom”.


SINE


FECHAMENTO DE AGÊNCIAS


A coluna do último sábado abordou os problemas na estrutura de assistência ao trabalho, com o fechamento de unidades de atendimento em Aquiraz e São Gonçalo; mas há informações de que vários municípios podem ficar sem a rede de atendimento. O comentário de pessoas ligadas ao setor é de que, em função da falta de pagamento de aluguéis, Quixadá, Crateús e Iguatu podem ficar sem os serviços do Sine.


MERCADO


DE OLHO EM 2018


O mercado comemorou ontem a condenação do ex-presidente Lula a nove anos e seis meses de prisão por conta do triplex no Guarujá. A decisão do juiz Sérgio Moro levou o dólar a ampliar sua queda e a Bolsa a ganhar fôlego, com uma avaliação de que estava sendo reduzido o risco-País.


O dólar recuou 1,41% em relação ao real, fechando com uma cotação de R$ 3,208 para venda. Essa foi a menor cotação desde as denúncias dos executivos da JBS contra o presidente Michel Temer.


Na verdade, a comemoração do mercado ocorreu não pela condenação do ex-presidente Lula, mas pela possibilidade de afastamento de uma candidatura do líder petista. Os olhares dos investidores já estão voltados para 2018 e as apostas já foram lançadas em torno dos nomes que estarão na disputa. Tirar Lula do caminho é estratégico para garantir espaço para outros partidos e candidatos.


O mercado só não contabilizou um fato: uma possível prisão de Lula pode tornar seu nome muito mais forte diante de vários setores da sociedade, devendo haver uma reação dos seus correligionários.


TV


O POVO ECONOMIA


O POVO Economia recebe hoje o diretor-geral do Fortal, Colombo Cialdini; o superintendente do Off Outlet, Rodrigo Vitali; e o diretor-geral da NET, Marco Delgado Farias. O programa será exibido hoje, às 23 horas, na TV O POVO (UHF/aberta – 48; Multiplay – 23; NET – 24).


Nem tudo o que é mensurável é importante, e nem tudo que é importante é mensurável”

Fernando Rossetti, ex-secretário-geral do Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas)

 

RÁDIO


O POVO Economia da Rádio O POVO CBN (FM 95.5), a partir das 14 horas. Destaque para o quadro “Atacado e Varejo”, com o jornalista Eliomar de Lima.


TV


Você pode assistir ao programa O POVO Economia também através do portal: tv.opovo.com.br/opovoeconomia.

 

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