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Prejuízos com o fim das outorgas de irrigação

2017-06-22 01:30:00

Os números do PIB mostraram uma melhora da agricultura nos primeiros três meses do ano, mas há prejuízos que não entraram nesta conta e foram registrados em 2016. A suspensão das outorgas, deixando sem água para irrigação aproximadamente 60 mil hectares, gerou um impacto que ainda está sendo medido.


O assessor da Comissão de Desenvolvimento Regional e de Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa, Francisco Zuza de Oliveira, calcula que aproximadamente R$ 1,2 bilhão deixou de circular no campo com a suspensão das irrigações. Ele entende a decisão de priorizar a água para o consumo humano, mas destaca o seu efeito colateral: uma população de aproximadamente 50 mil pessoas perdeu seu emprego.


Ontem, durante o Seminário Água Inovation, Francisco Zuza destacou que a sociedade não pode esperar que as soluções para os problemas hídricos venham somente do governo. Ele defende o envolvimento de todos os agentes econômicos para resolver a situação.


AGRICULTORES


DEFESA DO SEGURO SECA


O Ceará possui um Conselho de Recursos Hídricos que é considerado exemplo para outros estados e a decisão de priorizar a água para o consumo humano foi aprovada pela entidade. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceara (Faec), Flávio Saboya, explica que apoiou a suspensão das outorgas, mas que a situação é complexa.


O empresário ressalta que, nos últimos meses, empresas agrícolas fecharam suas atividades no Ceará. “O correto seria uma compensação financeira para essas companhias, em troca da manutenção dos empregos”, acrescenta.


A saída, na sua avaliação, passaria pela criação de um seguro seca. Medidas como essa foram tomadas na Índia e no México, permitindo garantias de recursos para enfrentar os períodos de estiagem. “Com o seguro teria como cobrir a redução das outorgas e eliminaria o endividamento crônico”.


MUDANÇAS


PRODUÇÃO DE 462 MILHÕES DE LITROS DE LEITE


Há uma mudança significativa nas cadeias produtivas de setores importantes do agronegócio cearense. Francisco Zuza, que foi presidente da Adece, e acompanha essas atividades de perto, explica que houve crescimento da produção de leite, tilápia, camarão, mel e avicultura.


Na área de leite, por exemplo, dos 390 mil estabelecimentos rurais do Estado, 90 mil produzem leite. A produção in natura já chega a 462 milhões de litros por ano.


IBEF


NEGÓCIOS NOS EUA


O Ibef-CE prepara evento para tratar de negócios em Miami, nos Estados Unidos. O presidente da entidade, Raul Santos, pretende discutir questões relacionadas ao setor imobiliário e ao processo de abertura de empresas no mercado norte-americano. O encontro deve ser realizado na primeira semana de novembro.


BOA NOTÍCIA


MENOS CHEQUES DEVOLVIDOS


Embora a situação do País permaneça complicada, a semana apresentou algumas boas notícias. Além da melhora do PIB, há pequena queda no número de cheques devolvidos por falta de fundos. Pelos levantamentos da Boa Vista SCPC, o percentual de devoluções em maio foi 2,11%. No mesmo mês, em 2016, o índice era de 2,33%.


ENDEAVOR


TRAJETÓRIA DE SÓCIOS DA FORTBRASIL

 

A Endeavor lançou e-book com 50 histórias de empreendedores. Entre as trajetórias contadas estão as dos sócios da Fortbrasil, Juliana Freitas, Marcelo Filho e José Neto. A companhia trabalha na área de cartão de crédito e movimenta cerca de R$ 650 milhões por ano.


CEGÁS


MELHORA DE CONSUMO


A Cegás tem percebido o crescimento no consumo de gás veicular com a chegada do Uber. A expectativa é de ampliação dos serviços, principalmente se realmente entrar no mercado o segmento de ônibus da Scania movido a GNV. Alguns veículos já foram testados em Recife.


Ontem, a Cegás realizou seminário para treinamento de frentistas de postos para melhorar a segurança.


EM LONDRES


CULINÁRIA CEARENSE


A gastronomia cearense será apresentada em Londres, durante o Brazilian Taste Gastro Show, que ocorrerá nos dias 14, 15 e 16 de julho. O chef Clóvis Lima será o embaixador da culinária cearense e acredita que o evento representa a oportunidade de novos negócios e parcerias.


Existem três tipos de ignorância. Ignorar o que se deveria saber, saber mal o que se sabe e saber o que não se deveria saber”

La Rochefoucauld (1613-1680), escritor francês

RÁDIO


O POVO Economia da Rádio O POVO CBN (FM 95.5), a partir das 14 horas. Destaque para o “Sobe e desce da economia”, com o jornalista Nazareno Albuquerque.


TV


Você pode assistir ao programa O POVO Economia também através do portal: tv.opovo.com.br/opovoeconomia.

 

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