Hoteleiros querem mais competição na malha aérea
A aviação comercial brasileira está atualmente nas mãos de quatro grandes companhias: Latam, Gol, Azul e Avianca, mas isso pode mudar em breve. O Ministério do Turismo lançou na última terça-feira o plano “Brasil%2bTurismo”.
O projeto pretende liberar a abertura de 100% do capital de companhias aéreas brasileiras ao capital estrangeiro, limitado hoje em 20%. A alteração já foi assinada pelo presidente Michel Temer e será encaminha ao Congresso através de Medida Provisória, onde deve enfrentar a resistência de alguns partidos, que temem prejuízos para a aviação regional.
A proposta representa uma resposta ao segmento hoteleiro, que reclama dos preços das passagens aéreas no Brasil e da falta de rotas que permitam um turismo regional. O presidente do SindiHotéis do Ceará e vice-presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e da ABIH nacional, Manoel Cardoso Linhares, diz que a medida representaria o destravamento do setor.
O empresário acredita que o plano deve atrair empresas estrangeiras e gerar competição no País, o que seria saudável para o mercado. O plano é considerado um pontapé para a solução de problemas como a liberação dos vistos de turistas dos EUA, Canadá, Austrália e Japão, que terão acesso a um processo digital que leva 48 horas.
Ou seja: ficaria menos complicado vender pacotes para o exterior.
Cassinos
FORTALEZA FICARIA COM UMA CASA DE JOGOS
Depois desta etapa do “Brasil%2bTurismo”, outra medida esperada por representantes da hotelaria consiste na liberação dos cassinos. A proposta é polêmica, ainda está sendo negociada, mas há tentativas de acordos para que Rio de Janeiro e São Paulo ficassem cada um com três cassinos.
No caso de Fortaleza, como outras cidades turísticas, a negociação é para a implantação de uma casa de jogos.
Resort
INVESTIMENTOS LIBERADOS
Manoel Cardoso Linhares afirma que aos poucos estão sendo resolvidas algumas amarras para a atração de investimentos. Ele conta que foi liberado recentemente um investimento que estava travado há 7 anos para a implantação de um resort na Praia de Lagoinha. O investimento é de um grupo português e ocupa uma área equivalente a 7 campos de futebol.
Na avaliação do hoteleiro, é preciso garantir segurança jurídica para que os investimentos aconteçam.
Turismo
FALTA ESTRUTURA
O Fórum Econômico Mundial colocou o Brasil na primeira posição no ranking das grandes potenciais em recursos naturais, em uma lista de 136 países. Mesmo assim, a colocação nacional cai para a 27ª posição geral em função da falta de competitividade. O potencial turístico é limitado principalmente pelos problemas de segurança, infraestrutura e mão de obra.
Páscoa
OVOS DE GALINHA
O CEO da Avine, Airton Carneiro Júnior, confirma os resultados com a Páscoa. Ele diz que a quaresma é tradicionalmente um período bom para o mercado de ovos de galinha. “Este ano, em relação ao mesmo período do ano passado, tem cliente que está vendendo 25% mais”.
Detalhe: depois da Semana Santa normalmente há uma esfriada, mas espera-se que ocorra este ano uma sustentação maior do setor.
Servis
CRESCIMENTO FORA DO ESTADO
O grupo Servis Segurança continua com seu projeto de expansão. O grupo tem procurado crescer nacionalmente e fechou nas últimas semanas contratos com a Alcoa (uma das maiores produtoras de alumínio), no Maranhão; e com o Grupo BR Mall, assumindo a segurança de três shopping centers nos estados do Maranhão, Minas Gerais e São Paulo.
Restrições
SEMANA SANTA COM MENOS PEIXE
A Portaria 445 do Ministério do Meio Ambiente restringiu a oferta de pescados nesta Semana Santa. Foi proibida a captura de peixes como pargo, sirigado, garoupa, além de arraias e outros pescados.
O Sindicato das Indústrias de Frio e Pesca do Ceará (Sindfrio) questionou a portaria, mas não obteve sucesso até agora. “É necessária uma reconsideração dos parâmetros e das medidas adotadas, não adiantando impor restrição generalizada e ver a comercialização acontecer de forma ilegal, como tem ocorrido nesta Semana Santa”, informam representantes do sindicato.
Pesca
PROBLEMAS COM AS TROCAS MINISTERIAIS
A indústria da pesca vem sofrendo com as trocas ministeriais. A atividade pesqueira tinha um ministério para tentar resolver os seus problemas; depois passou a se reportar ao Ministério da Agricultura e agora ao Ministério da Indústria e Comércio. Resultado: tem trabalhado com quem não conhece as especificidades da área, o que vem causando prejuízos às atividades.
Ideias ousadas são como peças de xadrez que se movem para a frente; pode ser comidas, mas podem começar um jogo vitorioso”
Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832), escritor alemãoRádio
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