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A reforma é boa para quem?

2017-04-26 01:30:00
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O governo tem apressado as reformas consideradas importantes do ponto de vista econômico, mas adiado a mais necessária: a política. Não existe mudança na previdência, trabalhista ou de qualquer outra natureza capaz de se sustentar com essa avalanche de recursos desviados pela corrupção.

 

Este é o cerne da questão. Governo e parlamentares continuam atuando sem ouvir as bases da sociedade. Não entenderam que o País é muito maior do que o mercado financeiro ou algumas atividades produtivas, esquecendo que a economia é movida pelo conjunto de todos os setores e não apenas por parte deles.


Resultado: continua a negociação de emendas e mudanças cujos efeitos ainda são duvidosos, enquanto o País permanece dividido, rachado. Há um preço alto a se pagar por isso. A maratona de aprovações no Congresso pode deixar um rastro de desleixo. Na reforma da previdência, o que era prioridade começa a cair pela fraqueza do próprio governo. Um exemplo é a idade para a aposentadoria das mulheres que deve ser diferente da dos homens, e não como era defendido anteriormente.


Na reforma trabalhista, ocorreram alguns avanços para a classe empresarial devido à pressão de entidades corporativas. A possível queda do imposto sindical seria um exemplo. Mas fica a pergunta: qual a importância da queda ou do imposto sindical para tirar o Brasil da recessão? Quem tiver a resposta, por favor, responda.


O tempo dirá a cara do Frankenstein que deve surgir, e certamente a população pagará mais uma vez o preço, correndo ainda o risco de assistir novas avalanches de denúncias de corrupção.


Enfim, talvez uma parte da sociedade ganhe com parte das reformas, mas ninguém sabe o preço social a ser pago por isso.


1%


ATACADISTAS APOSTAM EM CRESCIMENTO


O ano de 2016 foi difícil, mas pelo menos não teve resultado negativo para o setor atacadista. O ex-presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), o empresário cearense José do Egito, diz que o faturamento nacional do segmento cresceu 0,6% e foi melhor do que 2015.


A esperança dos comerciantes é de que haja uma melhora da atividade econômica no segundo semestre e se consiga fechar 2017 com uma elevação dos resultados de 1%. Pesquisa apresentada pela entidade mostra que o setor faturou em 2016 R$ 250,5 bilhões.


ABERTURA DE COMÉRCIO


AGENDA NOVA DA INDÚSTRIA


A indústria quer destravar o comércio internacional. Ontem foi lançada uma agenda da CNI com a proposta de 86 ações. Embora o protecionismo tenha ressurgido com mais força, há um sentimento no mercado de que é possível avançar.


É aguardado o fim das negociações entre Brasil e México para melhorar a cobertura de produtos exportados sem imposto de importação ou com imposto reduzido, e também avanços com o Mercosul.

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8.655


FORA DO MERCADO DE TRABALHO


Hoje, o Sistema Pesquisa de Emprego e Desemprego (Sped) deve divulgar os dados do mês de março. A Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) continua de fora desse levantamento em função da suspensão da pesquisa em janeiro deste ano.


O saldo do emprego formal no primeiro trimestre, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregos (Caged) mostram uma melhora no cenário em relação a 2016, mas o saldo de pessoas fora do mercado de trabalho ainda é muito alto: 8.655 trabalhadores na RMF. Este número é o segundo maior desde a série histórica iniciada em 2004.

 

IBEF MULHER


LANÇAMENTO OFICIAL


No próximo dia três haverá o lançamento oficial do Ibef Mulher, que será coordenado pela diretora financeira da BSpar Incorporações, Renata Paula. A entidade pretende ampliar a participação feminina, que ainda é bastante tímida, embora haja um bom número de executivas no mercado. Eis uma iniciativa que tem tudo para se transformar em um gol de placa do novo presidente do Ibef-CE, Raul Santos.


AECIPP


INDICADORES DE RH


A Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecipp) vai discutir hoje, a partir das 8h30, na sede da entidade, os indicadores da área de recursos humanos. A gerente de Recursos Humanos da Phoenix do Pecém, Ana Loturco, fará uma apresentação sobre a importância destes indicadores e dados revelados pelos números que podem interferir no planejamento estratégico de um negócio.


Nacionalismo é uma doença infantil. É o sarampo da raça humana”

Albert Einstein (1879-1955), físico alemão

RÁDIO


O POVO Economia da Rádio O POVO CBN (FM 95.5), a partir das 14 horas. Destaque para o quadro “Atacado e Varejo”, com o jornalista Eliomar de Lima.


TV


Você pode assistir ao programa O POVO Economia também através do portal: tv.opovo.com.br/opovoeconomia.

 

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