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Reformas do governo podem gerar "Frankenstein" jurídico

2017-03-25 01:30:00
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A corrida pela aprovação de pacotes de reformas tem gerado confusão entre os cidadãos comuns, os parlamentares e o próprio governo. Diante desta situação, os prejuízos podem ser maiores do que os ganhos efetivos, aprofundando a crise nacional.


Um exemplo disso está na corrida por aposentadorias em todo o País, ajudando a ampliar os problemas financeiros da Previdência. O número de benefícios concedidos pelo INSS aumentou 30,9% entre 2015 e 2016.


A discussão sobre o alongamento dos prazos para 49 anos e até a possibilidade de muita gente morrer antes de ter acesso à sua Previdência desestimulam a contribuição.


Para agravar ainda mais a situação, as empresas continuam demitindo, diminuindo o número de pessoas que ajudam a compor o bolo financeiro do sistema previdenciário. O resultado disso pode ser desastroso para o País.


No caso do projeto de terceirização, a classe empresarial vibrou com a aprovação na Câmara, mas o fato é que existem duas propostas nesta área (correndo paralelamente), além da reforma trabalhista. Não há unidade entre os textos e podemos ter como resultado um “Frankenstein” jurídico, sem pé nem cabeça.


Pela velocidade das mudanças, podemos ser jogados em uma situação mais grave de bagunça geral, ao invés do tão sonhado ganho de produtividade.


TURISMO 1


NOVOS PROBLEMAS E VELHAS SOLUÇÕES


Até bem pouco tempo, o mercado de turismo funcionava basicamente da seguinte maneira: os hotéis vendiam para operadora, que vendia para agência, que vendia para turista. Hoje, os clientes compram direto do hotel e também de quem tem uma casa para alugar e concorre com os meios de hospedagem sem pagar impostos.


Ou seja, há uma mudança drástica no setor, como ocorreu nos mercados de produção musical, de comunicação e de transporte. Dentro deste contexto, a resistência de algumas atividades deve ser pensada de maneira diferente.


O empresário e ex-secretário de turismo de Goiás, Marcelo Safadi, em entrevista à coluna, defende que não adianta chorar pelo que passou, mas desenvolver novas estratégias. “Não podemos resolver novos problemas com velhas soluções, mas novas problemas com novas soluções”, acrescenta.


TURISMO 2


HOTÉIS VENDENDO PELO AIRBNB


Polêmico, Marcelo Safadi defende mais operações por meio digital e a criação de novos modelos. Eis um exemplo: “No lugar de brigar com o Airbnb, os hotéis poderiam pensar em vender por ele”, ressalta.


O empresário estará em Fortaleza na próxima terça-feira, às 9 horas, no auditório do Sebrae, para abrir o ciclo de palestras do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur), da Fecomércio/CE e promete não poupar ninguém com suas provocações.


CONJUNTURA


NÚMEROS MENOS DESASTRADOS


A divulgação da Operação Carne Fraca, da forma em que ocorreu, causou um desastre nas exportações brasileiras. Até os chineses, acostumados a comer cachorros, cobras, grilos e escorpiões, resolveram barrar suas compras, enquanto aguardam mais resultados das investigações.


Apesar disso, economistas projetam indicadores melhores para 2017 no que se refere a juros e inflação. Os juros, segundo previsões, podem ficar em um dígito e a inflação dentro da meta. Pelo menos uma notícia boa para fechar mais uma semana difícil.


MASSAS


QUEDA NO CONSUMO


A Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) diz que houve queda de 2,7% no consumo de massas por pessoa e de 3,5% nas vendas de biscoitos em 2016. Mesmo com essas dificuldades do segmento, a maior indústria do setor cresceu.


A cearense M. Dias Branco, no último balanço apresentado ao mercado, mostrou crescimento de receita líquida em relação a 2015, EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciação, e amortização) e lucro líquido, respectivamente, de 15,3%, 33,9% e 29,9%, com ganhos de participação.


FUNCRIANÇA


CRC ESTIMULA DOAÇÃO DO IR


O Conselho Regional de Contabilidade (CRC-CE) pretende estimular o contribuinte que tem Imposto de Renda a pagar, ao destinar 3% do valor devido aos Fundos Municipais dos Direitos da Criança e Adolescente. A presidente do CRC-CE, Clara Germana Rocha, diz que os contabilistas serão “soldados” nesta campanha. A doação pode ser feita durante o prazo de envio da declaração e cai direto na conta do Funcriança.


Não existe vento a favor para quem não sabe para onde ir”

Sêneca (4 a.C- 64 d.C), intelectual romano

RÁDIO


O POVO Economia da Rádio OPOVO/CBN (95.5) a partir das 14 horas, de segunda a sexta.

 

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