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Uso excessivo de imagem gera desconfiança
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Uso excessivo de imagem gera desconfiança

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Uma das coisas que aprendi na Redação do O POVO ao longo de anos foi evitar a repetição de fotos numa mesma edição ou em edições próximas, na mesma semana. Uma imagem publicada na capa do jornal, por exemplo, não deve ser reproduzida na matéria na editoria. É preciso ficar atento até mesmo às fotos do Banco de Dados, para que não sejam publicadas à exaustão. Pois este cuidado caiu por terra, na última semana de abril passado, em notícias sobre o lançamento da revista People Luxo, que é uma edição da Casa. O fato incomodou aos leitores. No sábado, dia 29/4, recebi mensagem sobre o assunto. “Cara ombudsman, leitor atento (modéstia às favas) do O POVO, gostaria de expor uma observação que tenho constatado, desde o lançamento da mais recente revista People Luxo, editada pelo jornal. Trata-se, no caso, de uma fotografia (a mesma de sempre) já publicada nada menos que quatro vezes, reunindo a editora, querida Sônia Pinheiro, a primeira-dama do Estado, Onélia Santana, e a restauratrice (proprietária de restaurante) Cecília Selligman”. Ele lembrava que a imagem havia sido publicada na editoria Radar, na terça-feira dia 25/4; no dia seguinte, na coluna Sônia Pinheiro; no espaço de Adriano Nogueira, na sexta-feira, 28/4; e na coluna Bob to You, no Buchicho, no sábado, 29/4. Não ficou por aí. No domingo, 30/4, a mesma imagem apareceu no caderno People.

O leitor citado acima não foi o único que reparou na estranha edição da mesma foto. Quando a imagem foi publicada na sexta-feira, recebi mensagem alertando para a repetição dela pela terceira vez. O aviso do assinante enviado, no mesmo dia, no comentário interno para a Redação, não evitou que a fotografia fosse editada mais duas vezes. Em seis dias, foram cinco publicações, sendo três delas em sequência (sexta, sábado e domingo). A superexposição da imagem cansou o leitor, que deixou de enxergar ali a qualidade vista nas edições de foto do O POVO. Pedi uma explicação para o editor responsável pela área. O editor-chefe de Conteúdo Social e Relacionamento, Clovis Holanda, enviou a resposta: “A foto em questão era a única que reuniu as personagens mais representativas do evento e, portanto, é justificável que mais de um colunista social tenha querido usar a imagem”.

Divulgar os lançamentos das publicações feitas pela Empresa Jornalística O POVO nas colunas sociais ou mesmo nas páginas faz parte da celebração. Nada justifica, porém, a edição da mesma foto durante quase uma semana inteira. Ela não era uma imagem extraordinária de fotojornalismo. Foi excessivo, pareceu deslumbre e tornou a imagem insignificante pelo uso abusivo dela.

O CUIDADO QUE FALTOU NAS LEGENDAS
Recebi uma mensagem curta e objetiva de um leitor no mês passado: “Faltou cuidado na legenda”. Ele se referia à frase que dava informação sobre a foto publicada na matéria “Leitura em tempos de violência”, sobre a XII Bienal Internacional do Livro do Ceará, publicada no dia 24 de abril passado. Nela estava escrito que mais de 45 pessoas passaram pela Bienal do Livro, quando deveria ser 450 mil pessoas, conforme o texto. Aquele caso de falta de zelo com a frase colocada abaixo das fotos não foi o único. Tem faltado atenção com o que se escreve no espaço. Escorregão tornou-se repetitivo. Eles passaram por várias editorias.
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No dia 19 do mês passado, por exemplo, outro leitor alertou sobre duas legendas com erros detectados por ele naquele dia. O primeiro em foto da matéria “Papa cita crise e recusa convite de Temer para visitar o Brasil”, na editoria Brasil. Nela, em vez de ‘recusar convite de Temer’, estava escrito ‘recudar’. O segundo, na matéria “Homens fazem assalto em escola municipal e geram pânico”, em Cotidiano, “objetos pessoais” foi grafado como “cbjetivos pessoais”. Em outro caso, a palavra “publicadas” foi trocada por “publicanas” em legenda sobre apresentação de um novo colunista do O POVO, editoria de Economia (15/4). Rio de Janeiro foi chamado de “Ro de Janeiro” (13/4) em um conteúdo que abordava miniaturas, publicado na editoria Vida & Arte. No primeiro dia deste mês, o descuido se repetiu no conteúdo “Trump diz que líder norte-coreano é um ‘jovem astuto’”, Mundo. A legenda informava que Trump elogiou o líder ‘norte-americano’. Na verdade, ele elogiou o líder norte-coreano.

As falhas cometidas em legendas não são menores. Pesquisas apontam que elas são elementos de suma importância para levar o leitor a se interessar pelo texto. Assim como também o são títulos e resumos (parte que fica logo abaixo do título) de matérias. O Guia de Redação e Estilo do O POVO é omisso quanto à necessidade de corrigir os erros que porventura sejam encontrados em legendas. Eu, particularmente, considero essencial fazer as devidas correções nesta parte do conteúdo. Especialmente, naquelas que trazem erros de informação, como foi a citada pelo primeiro leitor.

Como faço todos os meses, divulgo o número de Erramos publicados no O POVO. No quadro tem a quantidade de Erramos em abril em levantamento feito pelo Banco de Dados do O POVO. Também disponibilizo o atendimento ao leitor. Os usuários que desejam entrar em contato com a ombudsman pode fazê-lo por telefone (3255 6181), email (ombudsman@opovo.com.br),
pessoalmente (basta agendar) ou por WhatsApp (98893 9807). 

 

por Tânia Alves

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