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Infográficos sem leitura
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Infográficos sem leitura


Dois infográficos publicados na edição de terça-feira passada (18/4) em duas editorias diferentes foi motivo de manifestação de leitores, que não haviam compreendido a informação. O primeiro, com o título “Evolução da seca no Ceará”, tinha como base um mapa do Estado. Ele servia de referência para a matéria “Em 3 meses, cai a severidade da seca no Ceará”, página 2, Cotidiano.

 

Logo cedo, um leitor apontou a falta de legenda. Outro enviou email: “Na página 2 do primeiro caderno de hoje vem matéria sobre as chuvas e a situação hídrica do Ceará, porém traz dois mapas com indicadores coloridos sem definição! Que significa isso para os leitores?” Um terceiro questionou: “Que significam as cores? Creio que faltou uma legenda ou coisa assim...”. De fato, ficou difícil para o usuário entender de que se tratavam aquelas cores que dividiam o mapa. Sem as legendas, é impossível compreender a ilustração. Ficou sem serventia. Vale lembrar que infográfico é uma ferramenta muito utilizada atualmente no jornalismo com uso de imagens, desenhos e outros elementos visuais para transmitir uma informação. Geralmente, é didático e simples. Funciona como complemento ou síntese de uma notícia.


O segundo infográfico estava com o título “Tensão entre EUA e Coreia do Norte”, que abria a matéria “Instalação de novas bases militares e teste de míssil acirram crise”, na editoria Mundo. “O que significam essas legendas?”, perguntou um leitor. De fato, abaixo das fotos de um tanque de guerra, de um navio, de um avião e de uma pessoa segurando uma arma apareciam letras aleatórias que não formavam palavras. Uma legenda abaixo do desenho também estava com as letras embaralhadas. O mesmo ocorreu onde deveria constar a fonte dos dados.

Parecia uma simulação de texto, muito usado em impresso, para depois ser trocado por um conteúdo válido. As letras deixavam incompleta a informação do infográfico. Aquele dado específico havia ficado incompreensível.

Após enviar as mensagens dos leitores no comentário interno, a editora-adjunta de Cotidiano, Mariana Lazari, informou que houvera um problema técnico na elaboração do infográfico e que um Erramos seria providenciado. De fato, na quarta-feira passada (19/4) um novo infográfico foi publicado corrigindo os dados a partir da publicação das legendas. No segundo caso, a resposta veio na quinta-feira (20/4), com a publicação de um Erramos. Só que, desta vez, não foi republicada junto com a parte do infográfico que ficou incompreensível no primeiro dia. Foi uma falta, pois só informava que, no lugar das letras aleatórias, deveria constar o número de tanque de cada país, a quantidade de aeronaves, a frota naval e número de pessoas disponíveis para combate. O leitor deixou de saber, porém, a quantidade.

Em casos deste tipo, o indicado é realmente republicar, na seção Erramos, o desenho com as informações certas como ocorreu no caso do mapa da seca. Só assim o leitor pode ter real conhecimento da informação que havia saído truncada anteriormente.

 

DAS BOAS DA SEMANA

 

Das coisas de que sinto falto nestes três anos em que estou na função de ombudsman é da adrenalina que causa uma cobertura como a que foi feita na quarta-feira passada, resultado dos ataques a ônibus em Fortaleza. A edição do dia seguinte ao primeiro dia de ataque foi um dos bons momentos da semana. A cobertura, que resultou na manchete do O POVO (ver fac-símile), perpassou por três editorias (Cotidiano, Política e Economia), envolveu colunistas se dedicando ao assunto nos seus devidos espaços e editores escrevendo pontos de vista. O noticiário trouxe uma visão múltipla do aprofundamento da crise e contou com desenho diferenciado. O conteúdo não deixou de apresentar deslizes como um número repetido ou um dado desencontrado em matérias distintas, mas que não tirou a essência da cobertura consistente no impresso e no online.


São coberturas assim que fazem valer a pena ser jornalista. São dias assim, de muita correria, que marcam a profissão de jornalista. Quem participa de cobertura deste tipo não esquece. Fica marcada. Mesmo que o desejo, no fim do fechamento das páginas, seja somente conseguir dormir até mais tarde no outro dia. O que é impossível, pois tudo recomeça. As notícias precisam ter continuidade. 

 

ENCONTRO DE OUVIDORES

 

O IX Encontro Estadual de Ouvidores do Ceará será realizado no próximo dia 9 de maio, no auditório da Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag), das 8 às 17 horas. A iniciativa é da Seccional Cearense da Associação Brasileira de Ouvidores (ABO-CE). O evento tem como tema “Percepção e Expectativa da Sociedade sobre a atuação dos Ouvidores”.

Já confirmaram presença no encontro o presidente da ABO Nacional, Edson Vismona; a jornalista e ombudsman emérita do O POVO, Adísia Sá, e o secretário da Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado (CGE), Flávio Jucá. Para participar, é necessário fazer inscrição no endereço http://encontrodeouvidores2017.blogspot.com.br/ ou na secretaria do encontro antes do início dos trabalhos. É grátis.

 

WHATSAPP 

 

Os leitores das diversas plataformas do O POVO têm mais um canal para entrar em contato com a ombudsman. A ouvidoria pode ser acionada também pelo WhatsApp. Para entrar em contato por este canal, basta acionar (85) 988 93 98 07. Os outros mecanismos para se comunicar com a ouvidoria são: email (ombudsman@opovo.com.br) e telefone fixo (3255 6181). O leitor pode ainda visitar a ombudsman pessoalmente, se necessário. Basta ligar e agendar. 

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