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O super cérebro dos bebês
Ciência e Saúde

O super cérebro dos bebês

Os bebês têm um cérebro pronto para adquirir experiências e aprendizados que surpreendem. Herança genética e influência do meio definem o desenvolvimento cerebral
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Qual pai ou mãe nunca parou para se perguntar: como meu bebê pensou nisso? Estivesse ele tentando fugir do berço, reproduzindo um som ouvido há dias ou executando ações vistas apenas uma vez. Os bebês possuem um cérebro poderoso, capaz de absorver conhecimentos e perceber o ambiente de forma intensa. Nos dois primeiros anos de vida, principalmente. O vivido, o experimentado, junto à herança genética, serão aprendizados valiosos.

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“A criança é uma esponja, ela absorve tudo. É algo biológico. Na primeira infância, ela pode, por exemplo, aprender duas ou três línguas simultaneamente. É um super cérebro. Não é super no sentido final, porque não adquiriu os conhecimentos da experiência, mas o potencial é gigante, absurdo”, avalia o neurogeneticista André Pessoa. Mas, para que todo esse poder seja utilizado de maneira saudável, é preciso cuidado, atenção e “estímulos”. Além de amor.


Desde antes da gravidez já há interferência de fatores que serão responsáveis por um bom desenvolvimento cerebral. Eles variam do peso da mãe antes da gestação aos alimentos que serão consumidos pela criança depois de nascer. A inteligência dela trará o peso da informação genética carregada, definida no momento da fecundação, mas também o da influência do meio. Por causa dessa capacidade de absorver tudo à sua volta, seu desenvolvimento dependerá do que lhe for apresentado e vivido.


A geneticista Erlane Marques explica que o cérebro dos bebês se forma durante toda a gestação. “Nos três primeiros meses são formações mais ‘grosseiras’. No segundo trimestre, acontecem as migrações celulares. E, nos últimos três meses, as células crescem e adquirem formação importante”, detalha.

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O bebê nasce e uma nova jornada começa. Pronto para receber o que lhe é oferecido, ele surpreende, se mostra independente e, ao mesmo tempo, tão carente de cuidados. Ver um ser humano começar a raciocinar é fascinante. As conexões feitas, as percepções exibidas, a curiosidade, a capacidade de abstrair... Existem tabelas, curvas e marcos que tentam avaliar o desenvolvimento cerebral infantil, com base na cognição e na coordenação motora. Mas são referências, nada é 100% aplicável a todas as crianças.


O Ciência & Saúde tentará entender como a construção cerebral dos bebês acontece, quais estímulos são necessários e como poderão afetar o resto da vida daquele indivíduo. Existem teorias já conhecidas, a neurociência evoluiu significativamente e algo já pode ser afirmado: o que se vive na primeira infância é decisivo para os adultos que serão formados.

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