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Idosos cada vez mais conectados
Ciência e Saúde

Idosos cada vez mais conectados

A população brasileira está ficando mais velha. Com a expectativa de vida aumentando, há de se pensar em formas de melhorar também a qualidade de vida dos idosos. As interações com novas tecnologias podem ser a saída
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As projeções da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o Brasil são de que nos tornaremos uma nação envelhecida até 2050 – passando dos atuais 12,5% da população com mais de 60 anos para 30%. Isso se dá devido ao aumento progressivo da expectativa de vida do brasileiro, que era, em 2015, conforme dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 75 anos, 5 meses e 26 dias. Com uma população cada vez mais idosa, não é possível limitar-se apenas à prevenção de doenças, mas é necessário também preocupar-se em dar ao idoso qualidade de vida.


“O idoso está vivendo mais, e isso é uma verdadeira revolução. Mas é preciso estar atento para que isso seja acompanhado de mais qualidade de vida, que dê a ele a capacidade de envelhecer dançando, namorando, viajando, interagindo socialmente”, aponta Ricardo Temóteo, pedagogo especialista em gerontologia e professor de informática para idosos na Universidade Sem Fronteiras.


Conforme o Relatório sobre Envelhecimento e Saúde da OMS, “o envelhecimento saudável é mais que apenas a ausência de doença. Para a maioria dos adultos maiores, a manutenção da habilidade funcional é mais importante”. E isso pode ser mantido ou recuperado a partir da interação com novas tecnologias como smartphones e acesso à internet.

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O uso dessas mídias por brasileiro com 60 anos ou mais ainda esbarra em fatores socioeconômicos, mas apresenta tendência de crescimento. De 2008 para 2013, o percentual de idosos que acessam a internet passou de 5,7% para 12,6%, conforme o IBGE. Ao passo que cada vez mais idosos se conectam por meio da internet, estudos e especialistas mostram que a ferramenta pode, sim, trazer benefícios à saúde.


Para neuropsicóloga Amanda Barroso de Lima, professora do curso de Psicologia da Universidade de Fortaleza (Unifor), a saúde do idoso se sustenta em três pilares: hábitos mais saudáveis, acompanhamento médico e fatores de interação social. As novas tecnologias entram, primordialmente, no terceiro fator. “A interação social aumenta a autoestima, melhora a comunicação, a interação intergeracional, a capacidade de fazer planos de futuro. A internet é uma porta para o mundo”, analisa o pedagogo Ricardo Temóteo.


Educação digital

Pesquisadores brasileiros e ingleses acompanharam mais de seis mil idosos por um período de oito anos e aferiram que a chamada “digital literacy” (educação ou treinamento digital) reduz as perdas cognitivas e, consequentemente, o risco de morte na terceira idade.

 

Neste Ciência e Saúde, acompanhe histórias de idosos que usam a internet para se comunicar com parentes e amigos que moram longe, ou mesmo para se manterem atualizados sobre as notícias dos mundo, e os benefícios que essa interação pode trazer.


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Para ler mais matérias sobre a terceira idade, acesse:

www.opovo.com.br/noticias/atividade


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