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Como a terapia de reposição hormonal influencia na vida sexual
Ciência e Saúde

Como a terapia de reposição hormonal influencia na vida sexual

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“Eu sou bem quente, viu? Me acho melhor agora, com 58, do que quando tinha 30”. A empresária Márcia Castro diz estar vivendo um das melhores épocas da vida. Namorado novo, ramo de negócios sempre desejado, noites bem dormidas e uma cabeça que, segundo ela, “está melhor do que nunca”. Márcia começou a fazer Terapia de Reposição Hormonal (TRH) há seis anos, dois antes de entrar na menopausa. “Comecei a sentir um pouco de insônia e irritabilidade, aí minha ginecologista falou do hormônio”, lembra. Dez dias depois os
sintomas já melhoraram.


Ela tinha ouvido falar na terapia, mas sempre envolta em medo, principalmente do câncer de mama. “Mas eu nunca tive medo, minha família tem casos de câncer, mas de outro tipo”, destaca. Márcia toma um comprimido por dia e quando passou um mês sem fazer a reposição, já sentiu mais calor. “Sempre fui acompanhada pela médica. Muitas amigas que não fazem reposição, por medo do câncer, transpiram muito e sentem muito calor”, afirma. Para Márcia, o hormônio ajudou, mas o principal ela já tinha: vontade de viver. “Eu acho minha cabeça ótima, não tenho nenhum problema em relação à sexualidade”, frisa.


A psicóloga e sexóloga Zenilce Bruno destaca que as queixas de algumas mulheres em relação à vida sexual começa antes mesmo da menopausa. “Eu sempre pergunto do antes, do percurso da vida sexual, como desenvolvia as fantasias eróticas, como eram os relacionamentos”, diz. Mas destaca que as pacientes que afirmam fazer reposição relatam também a volta de uma vida sexual satisfatória. É importante que a mulher saiba como lidar com a terceira idade e tudo o que essa faixa etária traz. “Não adianta apenas achar que, agora, com a reposição, se pode tudo. Nós dependemos de outras pessoas para que a erotização seja satisfatória”, alerta. (Sara Oliveira)


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