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Cervejas artesanais em foco
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Cervejas artesanais em foco

Rodrigo Ferraro, expert gaúcho em rótulos artesanais, fala sobre o mercado e a produção da cerveja
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O perfil profissional do beer sommelier e a produção da cerveja artesanal, entre outros aspectos, são temas do curso Beer Sommelier, realizado pelo Senac Ceará (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Ceará), que teve início este mês. As aulas, que somam a maior carga horária entre os cursos de Beer Sommelier do País, seguem até julho em Fortaleza.
 

Parte do corpo docente, Rodrigo Ferraro, sócio-proprietário e Mestre Cervejeiro da Irmãos Ferraro Microcervejaria, de Porto Alegre (RS), esteve em Fortaleza no último dia 15 para falar sobre produção, engarrafamento e demais processos inseridos neste nicho de cervejas.
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Presidente da Associação Gaúcha de Microcervejarias (AGM), técnico cervejeiro pelo SENAI/RJ e professor Escola da Cerveja, também na capital gaúcha, Ferraro bateu um papo com o Comes & Bebes sobre a concepção das fermentadas especiais. Confira!

O POVO – O que você trouxe de informação para os cearenses.
Rodrigo Ferraro – Dei uma pincelada sobre história da cerveja, produção, insumo e dicas de harmonização.

OP – Nos últimos anos, há uma busca mais intensa pelo conhecimento sobre a cerveja artesanal. A que você
atribui isso?
Rodrigo – As pessoas começaram a ter bem mais acesso à cerveja caseira. Então, no momento em que elas começaram a ter esse vínculo mais forte, o interesse pelo que está por trás dela teve também seu aumento.

OP – E o mercado como anda?
Rodrigo – Muitas lojas começaram a oferecer produtos diferenciados. Antes, por exemplo, as pessoas valorizavam marcas diferentes e que, no entanto, tinham suas fórmulas e sabores muito parecidos. As cervejas artesanais, por saírem dessa lógica da reprodutibilidade, aceleram o processo de expansão do universo cervejeiro. Agora, estamos vivendo uma fase em que é preciso pensar na gestão desse modelo de produção.
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OP – O que, de fato, define uma cerveja artesanal?
Rodrigo – Eu diria que o cuidado com a escala e a preocupação de que o mestre cervejeiro possa acompanhar todos os processos dessa produção, desde a escolha dos insumos ao engarrafamento.

OP – E o maquinário da produção artesanal?
Rodrigo - No Brasil, existe muita tecnologia interessante, que dá suporte à produção artesanal de cerveja. Quem quiser se aventurar tem outras opções. Alemanha, Bélgica e Inglaterra são bons países para a procura de maquinário.

OP – Então, falando nisso, cita, por favor, alguns instrumentos usados.
Rodrigo - Tanques em aço inox, que por sinal evitam a contaminação, e resfriadores, que são muito importantes já que é preciso se preocupar com o controle da temperatura. Atenção no envaze: o oxigênio é o principal vilão da cerveja.

OP – Para finalizar, fala por gentileza de harmonização
Rodrigo - A forma como as pessoas vão sentir gustativamente é algo muito pessoal. Cervejas fortes e pratos leves e o contrário desse binário, por exemplo, são pedidas sempre interessantes. O mais importante é que um elemento na cerveja deixe que você sinta a comida e vice-versa. É preciso ter cuidado para que a pessoa não se sinta inibida com
novas experimentações. 

 

 

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