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STF decide mandar goleiro Bruno de volta à prisão
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STF decide mandar goleiro Bruno de volta à prisão

Por maioria, o colegiado decidiu não referendar a liminar que havia sido concedida por Marco Aurélio Mello no dia 21 de fevereiro deste ano
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Por 3 a 1, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem mandar de volta para a prisão o goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza, condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho.


Por maioria, o colegiado decidiu não referendar a liminar que havia sido concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello no dia 21 de fevereiro deste ano. Ao analisar o caso, Marco Aurélio considerou o fato de o jogador possuir bons antecedentes, além de destacar que o recurso apresentado pela defesa ainda não havia sido apreciado pela Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.


“Não podemos julgar a partir do clamor social. Se fizermos uma pesquisa hoje, vamos ver que a sociedade está indignada com a corrupção que assola o País e quer sangue, vísceras, e não o devido processo legal”, disse Marco Aurélio.


Os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber e Luiz Fux votaram a favor de mandar de volta para a prisão o goleiro, conforme havia sido pedido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O ministro Luís Roberto Barroso não compareceu à sessão.


Em 2013, o Tribunal do Júri da Comarca de Contagem (MG) condenou Bruno pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e também pelo sequestro e cárcere privado do filho. O goleiro foi solto com a liminar de Marco Aurélio, após cumprir seis anos e sete meses de detenção em regime fechado.


“O próprio corpo de jurados assentou a crueldade do crime, a impossibilidade de defesa da vítima, a tortura, as mutilações e as degradações do corpo e o pior, da memória, já que o corpo não foi encontrado”, ressaltou Fux.


“Estamos diante de um crime hediondo. Não se dá liberdade provisória a crime hediondo, são fatos gravíssimos. Casos como esse merecem um tratamento diferenciado”, concluiu Fux.


Fora da prisão, Bruno fechou um contrato com o Boa Esporte, clube mineiro de Varginha, que foi criticado nas redes sociais após anunciar a aquisição do passe do jogador.


O STF deve enviar “imediatamente” um ofício à Vara de Execução Penais de Contagem (MG), comunicando as autoridades locais que a liminar do Marco Aurélio Mello foi revogada. (Agência Estado)

 

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