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Desfile das escolas de samba no Rio deixa marca trágica e 32 feridos
Brasil

Desfile das escolas de samba no Rio deixa marca trágica e 32 feridos

Dirigentes de escolas admitem que o ano foi "catastrófico" com registro de grandes acidentes com carros alegóricas. Situação, agora, será analisada
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Quatro acidentes com carros alegóricos, um no primeiro dia de desfile e três no segundo, fizeram deste um carnaval atípico e dramático para as escolas de samba do Grupo Especial do Rio. Os dois dias de apresentação somaram ao menos 32 feridos. Na madrugada de terça-feira, parte da estrutura de um carro alegórico da Unidos da Tijuca desabou no começo do desfile da escola, e pelo menos 12 ocupantes do carro ficaram feridos, um com suspeita de traumatismo craniano e outro, de traumatismo abdominal.

[SAIBAMAIS] 

No primeiro dia, outras 20 pessoas ficaram feridas depois que um dos carros alegóricos do Paraíso do Tuiuti entrou torto na pista e imprensou pessoas que estavam junto ao setor 1. Uma delas ainda corre risco de vida. O acidente da Tijuca também foi no setor 1, área mais popular da Marquês de Sapucaí.


“É um ano catastrófico, um carnaval para se esquecer. Tenho 46 anos de desfiles e isso nunca aconteceu. Não há explicação para isso”, disse Jorge Perlingeiro, diretor artístico da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) e apresentador da apuração.


O carnavalesco Mauro Quintaes, de 58 anos, um dos cinco integrantes da comissão de carnaval da Unidos da Tijuca, suspeita que uma “fadiga” do ferro usado na estrutura do carro alegórico tenha provocado a queda. “Em 32 anos de carnaval nunca vi nada parecido. Fizemos ensaios desde dezembro em cima do carro e nunca houve nem indício de problema. Os bombeiros fizeram a vistoria e também aprovaram, sem suspeitar de nada. Foi uma fatalidade”, afirmou.


Prefeitura vai agir

Em nota divulgada ontem, a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur) lamentou “profundamente” os acidentes ocorridos nos dois dias de desfile das escolas de samba do Grupo Especial, na Marquês de Sapucaí, e prometeu tomar medidas para evitar novos problemas.

 

O presidente da Riotur, Marcelo Alves, informou que logo após o carnaval, a Riotur, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), a Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj) e demais órgãos envolvidos na organização do carnaval carioca vão se reunir para tomar providências que evitem a repetição de incidentes do gênero. O grupo vai propor também melhorias para o carnaval de 2018.

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