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Saiba como foi o último trabalho de Adilson Batista na Série A

Novo treinador do Ceará começou bem no América-MG no ano passado, mas acabou desandando e encarou um longo jejum
21:00 | Dez. 31, 1969
Autor Vinícius França
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Vinícius França Repórter de Esportes do O POVO
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Tipo Notícia

No dia 24 de julho de 2018, o América-MG surpreendia a todos que acompanhavam o clube ao anunciar o substituto de Enderson Moreira, que, na ocasião, pediu demissão para assumir o Bahia. Numa movimentação de mercado inesperada, o Coelho contratou o técnico Adilson Batista após ser comandado em duas rodadas por Ricardo Drubscky, interino. Na zona de rebaixamento, a equipe buscava se recuperar rapidamente.

O roteiro é muito parecido com o que hoje acontece com o Ceará, exceto por alguns detalhes. O Alvinegro demitiu Enderson Moreira após oito jogos seguidos sem vitória e, também num golpe de surpresa, anunciou Adilson Batista como novo treinador, sem interinos no caminho. Atualmente, a equipe não está na zona de rebaixamento, mas tem que tomar cuidado para que o desfecho da sua história não seja o mesmo da do Coelho.

Quando assumiu o América, Adilson estava há mais de três anos sem trabalhar desde que treinou o Joinville em 2015, na Série A. O Coelho tinha entrado no Z4 pela primeira vez naquele Brasileirão e perdeu jogadores importantes, como o zagueiro e capitão Rafael Lima, liderança do elenco e destaque na campanha do título da Série B no ano anterior. Um cenário difícil para se começar um trabalho, mas os resultados iniciais foram positivos.

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Utilizando o 4-5-1, mas também variando para 4-1-4-1 e 4-4-2, o Coelho somou pontos importantes, vencendo Internacional e Santos, além de conquistar empates diante de Flamengo e Fluminense. O auge da campanha foi na vitória sobre o Vasco, na 23ª rodada, quando os mineiros alcançaram o 9º lugar, sua melhor colocação no campeonato até então. O baque, porém, não demoraria a chegar ao Independência.

De time com certa tranquilidade na tabela, o América passou a ser irreconhecível. Encarou um longo jejum de dez jogos sem vencer com Adilson Batista. O momento derradeiro do treinador seria na derrota em casa para o Paraná, lanterna da competição, que culminou na sua demissão. Foram 18 jogos: quatro vitórias, seis empates e oito derrotas, com 12 gols a favor e 16 contra. O aproveitamento foi de 37,03%.

O Coelho trouxe Givanildo Oliveira para o cargo, mas acabou rebaixado. Em um dos jogos, o atacante Rafael Moura criticou Adilson Batista após marcar um gol: "O América, há muitos anos, joga numa formação, não pode chegar qualquer um e querer mudar tudo da noite para o dia. O grupo é muito bom, porque era para estar muito pior o ambiente. A gente sempre conduziu, sempre aceitou todos os comandos, todas as ordens".

O novo treinador vai estrear no comando do Ceará no domingo, 6, diante do Goiás, na Arena Castelão, às 16 horas. Fica a expectativa para que a campanha do Alvinegro termine com um final positivo, diferente da última experiência do treinador na Série A.

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